{"title":"米娅·库托:火烈鸟最后一次飞行中的正义和裸体生活","authors":"J. C. Pereira","doi":"10.18468/letras.2018v8n4.p97-114","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"A minha leitura segue o desafio com que o leitor é confrontado, posto diante de uma espécie de enigma, logo no início do romance: «os soldados [da ONU] morreram? Foram mortos?» Em busca de uma resposta, pondera aquelas questões que dizem respeito aos problemas da morte e da vida, da violência e da justiça, tal como elas são colocados no mundo ficcional de Tizangara. Compre-ende-as, então, com base nas posições contidas em «Sobre uma crítica do poder como violência», de Walter Benjamin e nos pensamentos, quer de Emmanuel Lévinas, quer de Jacques Derrida. Reconsiderando, também, a bibliografia crítica existente sobre o romance de Mia Couto, esta leitura do romance oferece igualmente uma nova forma de entender as mortes de Tizangara, discernindo, no discurso do padre Muhando e nos do círculo das suas amizades mais próximas, as de Zeca Andorinho e de Sulplício, os pressupostos transformados de uma certa leitura da bíblia que nos ajuda a entender a aleoria trágica do final do romance.","PeriodicalId":441324,"journal":{"name":"Letras Escreve","volume":"10 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2019-09-09","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":"{\"title\":\"Mia Couto: justiça e vida nua em O Último Voo do Flamingo\",\"authors\":\"J. C. Pereira\",\"doi\":\"10.18468/letras.2018v8n4.p97-114\",\"DOIUrl\":null,\"url\":null,\"abstract\":\"A minha leitura segue o desafio com que o leitor é confrontado, posto diante de uma espécie de enigma, logo no início do romance: «os soldados [da ONU] morreram? Foram mortos?» Em busca de uma resposta, pondera aquelas questões que dizem respeito aos problemas da morte e da vida, da violência e da justiça, tal como elas são colocados no mundo ficcional de Tizangara. Compre-ende-as, então, com base nas posições contidas em «Sobre uma crítica do poder como violência», de Walter Benjamin e nos pensamentos, quer de Emmanuel Lévinas, quer de Jacques Derrida. Reconsiderando, também, a bibliografia crítica existente sobre o romance de Mia Couto, esta leitura do romance oferece igualmente uma nova forma de entender as mortes de Tizangara, discernindo, no discurso do padre Muhando e nos do círculo das suas amizades mais próximas, as de Zeca Andorinho e de Sulplício, os pressupostos transformados de uma certa leitura da bíblia que nos ajuda a entender a aleoria trágica do final do romance.\",\"PeriodicalId\":441324,\"journal\":{\"name\":\"Letras Escreve\",\"volume\":\"10 1\",\"pages\":\"0\"},\"PeriodicalIF\":0.0000,\"publicationDate\":\"2019-09-09\",\"publicationTypes\":\"Journal Article\",\"fieldsOfStudy\":null,\"isOpenAccess\":false,\"openAccessPdf\":\"\",\"citationCount\":\"0\",\"resultStr\":null,\"platform\":\"Semanticscholar\",\"paperid\":null,\"PeriodicalName\":\"Letras Escreve\",\"FirstCategoryId\":\"1085\",\"ListUrlMain\":\"https://doi.org/10.18468/letras.2018v8n4.p97-114\",\"RegionNum\":0,\"RegionCategory\":null,\"ArticlePicture\":[],\"TitleCN\":null,\"AbstractTextCN\":null,\"PMCID\":null,\"EPubDate\":\"\",\"PubModel\":\"\",\"JCR\":\"\",\"JCRName\":\"\",\"Score\":null,\"Total\":0}","platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Letras Escreve","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.18468/letras.2018v8n4.p97-114","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
引用次数: 0
摘要
我的阅读遵循了读者所面临的挑战,在小说的开头提出了一种谜题:“(联合国)士兵死了吗?被杀了?在寻找答案的过程中,他思考了那些与死亡与生命、暴力与正义有关的问题,因为它们被置于虚构的提赞加拉世界中。然后,根据沃尔特·本雅明(Walter Benjamin)的《论对权力作为暴力的批判》(on a critical of power as violence)中所包含的立场,以及伊曼纽尔·列维纳斯(Emmanuel levinas)和雅克·德里达(Jacques Derrida)的思想,理解它们。反思,库托的小说的文学批评,这也提供了一种新的小说阅读理解的死亡Tizangara牧师的演讲在discernindo Muhando和我们最亲密的朋友圈,希加有时和加工Sulplício假设的一些阅读圣经,可帮助我们理解aleoria悲惨结局的小说。
Mia Couto: justiça e vida nua em O Último Voo do Flamingo
A minha leitura segue o desafio com que o leitor é confrontado, posto diante de uma espécie de enigma, logo no início do romance: «os soldados [da ONU] morreram? Foram mortos?» Em busca de uma resposta, pondera aquelas questões que dizem respeito aos problemas da morte e da vida, da violência e da justiça, tal como elas são colocados no mundo ficcional de Tizangara. Compre-ende-as, então, com base nas posições contidas em «Sobre uma crítica do poder como violência», de Walter Benjamin e nos pensamentos, quer de Emmanuel Lévinas, quer de Jacques Derrida. Reconsiderando, também, a bibliografia crítica existente sobre o romance de Mia Couto, esta leitura do romance oferece igualmente uma nova forma de entender as mortes de Tizangara, discernindo, no discurso do padre Muhando e nos do círculo das suas amizades mais próximas, as de Zeca Andorinho e de Sulplício, os pressupostos transformados de uma certa leitura da bíblia que nos ajuda a entender a aleoria trágica do final do romance.