{"title":"maranhao急性心肌梗死的流行病学:2011 - 2021年住院和死亡率分析","authors":"Beatriz Andrade Vasconcelos, Mateus Maia Palheta, Gabriely Almeida Sousa, Luís Thadeu Rebouças Santos, Renata Vasques Palheta Avancini","doi":"10.51161/csmc/05","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"INTRODUÇÃO: O Infarto Agudo do Miocárdio (IAM) é descrito como uma necrose miocárdica resultante da oferta inadequada de oxigênio ao musculo cardíaco, sendo considerada como uma das doenças mais comuns da modernidade e de alta mortalidade. Além disso, as sequelas e complicações decorrentes do infarto tecidual incluem insuficiência cardíaca, arritmia, choque cardiogênico entre outros. OBJETIVOS: Descrever variáveis epidemiológicas relacionadas às taxas de internações, óbitos e mortalidade por IAM no Maranhão. METODOLOGIA: Análise quantitativa, descritiva e retrospectiva realizada por meio de dados do Sistema de Informações Hospitalares do SUS, correlacionando internações, óbitos e mortalidade com as regiões de saúde do estado, faixa etária e sexo, no período entre janeiro de 2011 e dezembro de 2021. RESULTADOS: Durante essa faixa temporal, foram registradas 12.238 internações, 1.785 óbitos e uma taxa de mortalidade média de 1.459 óbitos a cada cem mil habitantes, superior à média nacional. Desse total, a maioria das internações e óbitos estão ligados à região de São Luís (35,42% e 27,39%, respectivamente) e ao sexo masculino (61,15% e 57,53%), refletindo questões de densidade populacional e, em relação aos homens, uma maior exposição a fatores de risco como etilismo e tabagismo, de acordo com o padrão nacional. Apesar disso, as maiores taxas de mortalidade pertencem à região de Caxias (4.429/100.000) e às mulheres (1.594/100.000), de forma que se evidencia a diferença regional no acesso à saúde e a maior letalidade ligada ao sexo feminino, seja por fatores hormonais ou então por subdiagnóstico. Quanto às faixas etárias mais acometidas, as internações estão concentradas entre 60 e 69 anos (28,38%), os óbitos entre 70 e 79 anos (28,63%) e a maior taxa de mortalidade nos pacientes com 80 anos ou mais (2.633/100.000), seguindo a tendência geral de maior mortalidade por IAM em idosos. CONCLUSÕES: É evidente, portanto, que o IAM é um acometimento com relevância epidemiológica no Maranhão. Diante dos resultados, ressalta-se que as diferenças regionais de atendimento em saúde devem ser sanadas futuramente, a fim de que a equidade do SUS seja estabelecida de forma mais homogênea no estado.","PeriodicalId":321814,"journal":{"name":"Anais do 1° Congresso Sul Maranhense de Cardiologia","volume":"32 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2022-05-27","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":"{\"title\":\"EPIDEMIOLOGIA DO INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO NO MARANHÃO: ANÁLISE DE INTERNAÇÕES E MORTALIDADE ENTRE 2011 E 2021\",\"authors\":\"Beatriz Andrade Vasconcelos, Mateus Maia Palheta, Gabriely Almeida Sousa, Luís Thadeu Rebouças Santos, Renata Vasques Palheta Avancini\",\"doi\":\"10.51161/csmc/05\",\"DOIUrl\":null,\"url\":null,\"abstract\":\"INTRODUÇÃO: O Infarto Agudo do Miocárdio (IAM) é descrito como uma necrose miocárdica resultante da oferta inadequada de oxigênio ao musculo cardíaco, sendo considerada como uma das doenças mais comuns da modernidade e de alta mortalidade. 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EPIDEMIOLOGIA DO INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO NO MARANHÃO: ANÁLISE DE INTERNAÇÕES E MORTALIDADE ENTRE 2011 E 2021
INTRODUÇÃO: O Infarto Agudo do Miocárdio (IAM) é descrito como uma necrose miocárdica resultante da oferta inadequada de oxigênio ao musculo cardíaco, sendo considerada como uma das doenças mais comuns da modernidade e de alta mortalidade. Além disso, as sequelas e complicações decorrentes do infarto tecidual incluem insuficiência cardíaca, arritmia, choque cardiogênico entre outros. OBJETIVOS: Descrever variáveis epidemiológicas relacionadas às taxas de internações, óbitos e mortalidade por IAM no Maranhão. METODOLOGIA: Análise quantitativa, descritiva e retrospectiva realizada por meio de dados do Sistema de Informações Hospitalares do SUS, correlacionando internações, óbitos e mortalidade com as regiões de saúde do estado, faixa etária e sexo, no período entre janeiro de 2011 e dezembro de 2021. RESULTADOS: Durante essa faixa temporal, foram registradas 12.238 internações, 1.785 óbitos e uma taxa de mortalidade média de 1.459 óbitos a cada cem mil habitantes, superior à média nacional. Desse total, a maioria das internações e óbitos estão ligados à região de São Luís (35,42% e 27,39%, respectivamente) e ao sexo masculino (61,15% e 57,53%), refletindo questões de densidade populacional e, em relação aos homens, uma maior exposição a fatores de risco como etilismo e tabagismo, de acordo com o padrão nacional. Apesar disso, as maiores taxas de mortalidade pertencem à região de Caxias (4.429/100.000) e às mulheres (1.594/100.000), de forma que se evidencia a diferença regional no acesso à saúde e a maior letalidade ligada ao sexo feminino, seja por fatores hormonais ou então por subdiagnóstico. Quanto às faixas etárias mais acometidas, as internações estão concentradas entre 60 e 69 anos (28,38%), os óbitos entre 70 e 79 anos (28,63%) e a maior taxa de mortalidade nos pacientes com 80 anos ou mais (2.633/100.000), seguindo a tendência geral de maior mortalidade por IAM em idosos. CONCLUSÕES: É evidente, portanto, que o IAM é um acometimento com relevância epidemiológica no Maranhão. Diante dos resultados, ressalta-se que as diferenças regionais de atendimento em saúde devem ser sanadas futuramente, a fim de que a equidade do SUS seja estabelecida de forma mais homogênea no estado.