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Foram analisados dados demográficos, clínicos, nutricionais, exames bioquímicos e clínicos indicativos de síndrome de realimentação. Resultados: 328 pacientes, com média de idade de 65,3 anos (DP=16,7), 70,4% (n=231) do gênero masculino, com comorbidades como 45,4% (n=149) hipertensão, 29,9% (n=98) dislipidemia, 27,7% (n=91) diabetes. Na anamnese nutricional 50% (n=164) apresentaram baixa aceitação alimentar prévia e 12,2% (n=40) perda de peso nos últimos 3 meses. Receberam dieta por via oral 65,2% (n=214), 34,1% (n=112) enteral, 0,6% (n=2) parenteral. Média de início de dieta de 1,5 dias (DP 1,2). Identificou-se uma prevalência de 58,2% do risco de síndrome de realimentação nestes pacientes. Quando relacionado a síndrome de realimentação e sinais clínicos, não houve associação, identificado uma tendência aos valores de fósforo (p=0,086) e sódio (p=0,054). 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Prevalência do risco de síndrome de realimentação nos pacientes críticos com SARS-Cov-2 em um hospital brasileiro
Introdução: A síndrome de realimentação é uma complicação grave, caracterizada por alterações metabólicas e eletrolíticas na reintrodução e/ou aumento calórico após um período de ingestão alimentar reduzida/ausente, com maior incidência em pacientes desnutridos ou geriátricos, como pacientes críticos com coronavírus. Este estudo visa identificar a prevalência do risco desta síndrome em pacientes críticos com coronavírus internados em um hospital brasileiro. Métodos: Estudo observacional retrospectivo, transversal, pacientes com coronavírus, por teste positivo de ácido nucleico, de unidades críticas entre março a junho de 2020. Foram analisados dados demográficos, clínicos, nutricionais, exames bioquímicos e clínicos indicativos de síndrome de realimentação. Resultados: 328 pacientes, com média de idade de 65,3 anos (DP=16,7), 70,4% (n=231) do gênero masculino, com comorbidades como 45,4% (n=149) hipertensão, 29,9% (n=98) dislipidemia, 27,7% (n=91) diabetes. Na anamnese nutricional 50% (n=164) apresentaram baixa aceitação alimentar prévia e 12,2% (n=40) perda de peso nos últimos 3 meses. Receberam dieta por via oral 65,2% (n=214), 34,1% (n=112) enteral, 0,6% (n=2) parenteral. Média de início de dieta de 1,5 dias (DP 1,2). Identificou-se uma prevalência de 58,2% do risco de síndrome de realimentação nestes pacientes. Quando relacionado a síndrome de realimentação e sinais clínicos, não houve associação, identificado uma tendência aos valores de fósforo (p=0,086) e sódio (p=0,054). Conclusão: Os resultados demostraram alta prevalência do risco de síndrome de realimentação na população estudada, reforçando a importância desta identificação precoce e terapia nutricional adequada.