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Infância e puericultura em Fernandes Figueira (1920)
Sob uma perspectiva histórica e com base nos pressupostos da história da saúde, da infância e dos estudos de gênero, o presente artigo tem por objetivo apresentar de que maneira o médico brasileiro Fernandes Figueira constrói e propõe para a sociedade, - em especial para as mães, - as práticas de cuidados para com os bebês, e também de que maneira as crianças foram vistas por ele. Fernandes Figueira (1863-1928), formado pela Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro, especializado em pediatria, teve um grande papel na construção de políticas públicas de auxílio à maternidade e à infância na Primeira República do Brasil (1889-1930). A principal fonte utilizada foi a obra chamada Livro das Mães: Consultas Praticas de Hygiene Infantil, escrita pelo médico em 1910 e republicada em 1920. Este livro se tornou uma espécie de manual para o “bom exercício” da maternidade e dos cuidados para com as crianças. Entre as práticas amplamente divulgadas no contexto higienista brasileiro, está o incentivo à amamentação. Nesse sentido, um modelo específico de mãe e criança são criados. A higiene e a educação são valorizadas nesse novo modelo. Compreender, em parte, como é feita essa proposta médico-pedagógica para a infância, a partir de Fernandes Figueira, é o que almeja esse artigo.