{"title":"在学校与青少年进行性研究的困难:2000年至2017年的研究分析","authors":"M. C. F. Silva","doi":"10.29380/2018.12.10.13","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"The present study has as main objective to analyze the difficulties of teachers in working on sexuality with adolescents in school. The method adopted was of the bibliographic type, in which data and information were collected from SciELO, CAPES, books, texts, theses, documents, scientific articles, BIREME, LILACS. The main results were: prejudices, influence of the media, church building myths, shame, lack of basement-theoretic, school space, play the responsibility in science teachers or biology. To conclude that all teachers in the school should have knowledge about sexuality, but the school should place all responsibility in science and biology teachers, but the subject must be worked in all disciplines. Therefore, it is necessary for all teachers and staff to have a continuing education so that they can work together to achieve meaningful learning. Keyword: Difficulty of teachers. Sexuality. Adolescents. School. 30/10/2018 http://anais.educonse.com.br/2018/dificuldade_em_trabalhar_sobre_sexualidade_com_adolescentes_nas_e.pdf Educon, Aracaju, Volume 12, n. 01, p.2-13, set/2018 | www.educonse.com.br/xiicoloquio DIFICULTAD EN TRABAJAR SOBRE SEXUALIDAD CON ADOLESCENTES EN LAS ESCUELAS: UN ANÁLISIS DE LAS INVESTIGAS DEL 2000 A 2017 RESUMEN La presente investigación tiene como objetivo principal analizar cuáles son las dificultades de los docentes en trabajar sobre sexualidad con los adolescentes en la escuela. El método adoptado fue del tipo bibliográfico, en el que fueron recolectados datos e informaciones de SciELO, CAPES, libros, textos, tesis, documentos, artículos científicos, BIREME, LILACS. Los principales resultados fueron: preconceptos, influencia de los medios, de la iglesia creando mitos, vergüenza, falta del embasamiento-teórico, del espacio escolar, juegan la responsabilidad en los profesores de ciencias o biología. Concluir que todos los docentes de la escuela deben tener conocimiento sobre sexualidad, pero la escuela depositar toda la responsabilidad, en los profesores de ciencias y biología, pero el asunto debe ser trabajado en todas las disciplinas. Por lo tanto, es necesario que todos los docentes y funcionarios tengan una formación continuada para que puedan trabajar juntos para obtener un aprendizaje significativo. Palabra clave: Dificultad de los docentes. La sexualidad. Los adolescentes. Escuela. INTRODUÇÃO Adolescência é uma fase em que os adolescentes passam por um processo de transformação da infância para a vida adulta, que se desenvolve de maneira física, mental, emocional, sexual e social. Segundo Valverde (1997): A adolescência é uma etapa do ciclo vital de transição entre criança e o adulto que se caracteriza pelos seguintes níveis de desenvolvimento físico, mental, emocional e social. Assim, os desafios enfrentados pelas adolescentes, são considerados o desenvolvimento próprio em que incluem adaptação ás mudanças fisiológicas e anatômicas em relação a integração de uma maturidade sexual em um modelo pessoal de comportamento, ou seja, o estabelecimento de uma identidade individual, sexual e social (p. 81). Diante destas informações, a adolescência está dividida em três fases: pré-puberdade, puberdade e pós-puberdade. A pré-puberdade é o desenvolvimento físico acelerado, que aproxima o corpo da criança a de um adulto, portanto, é uma fase de conflitos psíquicos e emocionais, em que busca a sua própria identidade. A puberdade inicia aos 13 anos, com a maturidade dos órgãos reprodutores. Já a pós-puberdade ocorre na faixa etária de 15 aos 19 anos e é uma fase de cobranças sociais e formação da própria identidade. Para Chipkevitch (1995, p.67): A puberdade corresponde às modificações biológicas, às transformações biopsicossociais em que estas se inserem. O conceito de puberdade está relacionado aos aspectos físicos e biológicos do indivíduo, iniciando-se por volta dos 9/10 anos de idade aos 20. Nesse sentido, a adolescência é uma fase em que ocorrem mudanças corporais marcadas por mudanças morfológicas e fisiológicas no corpo da adolescente com o surgimento de sua capacidade de fecundação. Portanto, essas transformações no corpo das adolescentes são induzidas pelo início da produção dos hormônios sexuais produzidos pelos ovários, por isso, trata-se da fase da vida que se inicia a puberdade. Assim, Rappaport (1997) diz que “a puberdade marca a adolescência do ponto de vista biológico e possibilita a aquisição de um corpo adulto, com acesso à expressão da sexualidade e da capacidade reprodutiva” (p.43). A sexualidade surge definida com características morfológicas, fisiológicas e psicológicas relacionadas ao sexo. Mas, esse conceito tem sofrido inúmeras e profundas transformações ao longo dos tempos, acompanhando as transformações históricas e sociais da humanidade. Por isso, segundo Santana (2013, p.1): o conceito de sexualidade refere-se ao dado sexual que se define pelas práticas erótico-sexuais nas quais as pessoas se envolvem, bem como pelo desejo e atração que leva a sua expressão (ou não) através de determinadas práticas. Segundo Weeks (1992), a sexualidade é um fenômeno social e histórico, dado e moldado pela interação social, que só pode ser compreendido pelo contexto de uma determinada época, mas também, é uma experiência pessoal que possui significados atribuídos aos corpos e às possibilidades sexuais que contribuem para nossa formação pessoal. Além disso, ressalta que a sexualidade possui um aspecto central do ser humano ao longo da vida que inclui sexo, gênero, identidades e papéis, orientação sexual, erotismo, prazer, intimidade e reprodução. Portanto, sexualidade é experiência que se expressa por meio de pensamentos, fantasias, desejos, crenças, atitudes, valores, comportamentos, práticas, papéis e relações. Por isso, a sexualidade é influenciada pela interação de fatores biológicos, psicológicos, sociais, econômicos, políticos, culturais, éticos, legais, históricos, religiosos e espirituais (FILHO, 2005). 30/10/2018 http://anais.educonse.com.br/2018/dificuldade_em_trabalhar_sobre_sexualidade_com_adolescentes_nas_e.pdf Educon, Aracaju, Volume 12, n. 01, p.3-13, set/2018 | www.educonse.com.br/xiicoloquio Vale ressalta, que sexo é dado pelas características biológicas: nasce-se macho ou fêmea da espécie humana. Dessa forma, Filho (2005), Diz que o gênero dá significado ás distinções entre os sexos, ele transforma seres biologicamente machos e fêmeas em homens e mulheres, seres sociais. Se há diferenças biológicas entre os sexos, não são elas que determinam as desigualdades entre eles (p.138). Logo, o gênero é o aspecto cultural que diferencia a dimensão biológica da dimensão social que se refere à forma de identificar e ser identificado como homem ou mulher numa construção social do sexo. Por isso, a sexualidade faz parte da personalidade de cada indivíduo e é construído a partir do objeto individual do desejo. Diante dessas informações, Muniz (2007, p.1): O conceito de gênero veio responder vários desses impasses, permitir analisar tanto as relações de gênero, quanto a construção da identidade de gênero de cada pessoa, ou seja, o gênero é o modo como a sociedades olham as pessoas do sexo masculino e as pessoas do sexo feminino. Portanto, a iniciação sexual é um evento marcante na vida dos adolescentes, quando ele descobre novas experiências que podem inseri-los em um grupo de vulnerabilidade às doenças sexualmente transmissíveis e à gravidez indesejada. Além disso, a iniciação sexual precoce entre adolescentes tem acarretado uma preocupação cada vez maior entre profissionais de saúde, pais e professores em decorrência da falta de conhecimento sobre concepção e uso de contraceptivos. Portanto, o exercício da sexualidade traz implicações no processo reprodutivo e na própria saúde do adolescente (CANO, 2000). Vale ressalta, que a escolar é o espaço adequado para se questionar, aprender e formar cidadãos capazes de tomar decisões. Segundo Castro e Silva (2002): Definem o espaço escolar como um âmbito enriquecedor para se trabalhar o tema sexualidade, tendo o professor como um elemento importante na transmissão do conteúdo. Além disso, os adolescentes passam a maior parte do tempo na escola. Compreender, que o ato de ensinar sobre sexualidade não depende dos professores de ciências, mas de todos os docentes que fazem parte da instituição junto com toda a equipe escolar que devem estar preparados para dialogar sobre o assunto. A orientação sexual é entendida como sendo de caráter informativo, o que está vinculado à visão de sexualidade que perpassa o documento. A sexualidade é concebida como um dado da natureza, como “algo inerente, necessário e fonte de prazer na vida”. Fala-se em “necessidade básica”, “em potencialidade erótica do corpo”, “em impulsos de desejo vividos no corpo”, sobre o que os sujeitos, principalmente os adolescentes, precisam ser informados indicativos normalizadores da sexualidade. Ela é vista sob o ponto de vista biológico, atrelada às funções hormonais (BRASIL, 2009). O papel do docente é orientar, criar momentos de reflexão e criatividade, pois são atributos necessários para a construção da autonomia, da resolução de problemas através de pesquisas, estudos e debates que possam auxiliar os alunos sobre o assunto. Dessa forma, Prigol (2008) afirmar que as estratégias possibilitam a criatividade, desinibição e participação dos alunos, fazendo com que se sintam motivados e envolvidos com a problemática que, consequentemente, facilitar a reflexão e a significação do conteúdo abordado (p.10). Porém, os professores oriundos de uma geração marcada pela repressão sexual, carregam preconceitos, tabus, influencia religiosas, mitos e a falta de informação sobre sexualidade, dificultando a discussão sobre assunto. Para Morais (2007), a desmotivação interfere negativamente no processo de ensino-aprendizagem, e entre as causas, a falta de motivação, o planejamento e o desenvolvimento das aulas realizadas pelo professor são fatores determinantes (p.2). ","PeriodicalId":284376,"journal":{"name":"Políticas públicas na educação e a construção do pacto social e da sociabilidade humana 3","volume":"7 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2018-09-20","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":"{\"title\":\"DIFICULDADE EM TRABALHAR SOBRE SEXUALIDADE COM ADOLESCENTES NAS ESCOLAS: UMA ANÁLISE DAS PESQUISAS DE 2000 A 2017\",\"authors\":\"M. C. F. 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Adolescents. School. 30/10/2018 http://anais.educonse.com.br/2018/dificuldade_em_trabalhar_sobre_sexualidade_com_adolescentes_nas_e.pdf Educon, Aracaju, Volume 12, n. 01, p.2-13, set/2018 | www.educonse.com.br/xiicoloquio DIFICULTAD EN TRABAJAR SOBRE SEXUALIDAD CON ADOLESCENTES EN LAS ESCUELAS: UN ANÁLISIS DE LAS INVESTIGAS DEL 2000 A 2017 RESUMEN La presente investigación tiene como objetivo principal analizar cuáles son las dificultades de los docentes en trabajar sobre sexualidad con los adolescentes en la escuela. El método adoptado fue del tipo bibliográfico, en el que fueron recolectados datos e informaciones de SciELO, CAPES, libros, textos, tesis, documentos, artículos científicos, BIREME, LILACS. Los principales resultados fueron: preconceptos, influencia de los medios, de la iglesia creando mitos, vergüenza, falta del embasamiento-teórico, del espacio escolar, juegan la responsabilidad en los profesores de ciencias o biología. Concluir que todos los docentes de la escuela deben tener conocimiento sobre sexualidad, pero la escuela depositar toda la responsabilidad, en los profesores de ciencias y biología, pero el asunto debe ser trabajado en todas las disciplinas. Por lo tanto, es necesario que todos los docentes y funcionarios tengan una formación continuada para que puedan trabajar juntos para obtener un aprendizaje significativo. Palabra clave: Dificultad de los docentes. La sexualidad. Los adolescentes. Escuela. INTRODUÇÃO Adolescência é uma fase em que os adolescentes passam por um processo de transformação da infância para a vida adulta, que se desenvolve de maneira física, mental, emocional, sexual e social. Segundo Valverde (1997): A adolescência é uma etapa do ciclo vital de transição entre criança e o adulto que se caracteriza pelos seguintes níveis de desenvolvimento físico, mental, emocional e social. Assim, os desafios enfrentados pelas adolescentes, são considerados o desenvolvimento próprio em que incluem adaptação ás mudanças fisiológicas e anatômicas em relação a integração de uma maturidade sexual em um modelo pessoal de comportamento, ou seja, o estabelecimento de uma identidade individual, sexual e social (p. 81). Diante destas informações, a adolescência está dividida em três fases: pré-puberdade, puberdade e pós-puberdade. A pré-puberdade é o desenvolvimento físico acelerado, que aproxima o corpo da criança a de um adulto, portanto, é uma fase de conflitos psíquicos e emocionais, em que busca a sua própria identidade. A puberdade inicia aos 13 anos, com a maturidade dos órgãos reprodutores. Já a pós-puberdade ocorre na faixa etária de 15 aos 19 anos e é uma fase de cobranças sociais e formação da própria identidade. Para Chipkevitch (1995, p.67): A puberdade corresponde às modificações biológicas, às transformações biopsicossociais em que estas se inserem. O conceito de puberdade está relacionado aos aspectos físicos e biológicos do indivíduo, iniciando-se por volta dos 9/10 anos de idade aos 20. Nesse sentido, a adolescência é uma fase em que ocorrem mudanças corporais marcadas por mudanças morfológicas e fisiológicas no corpo da adolescente com o surgimento de sua capacidade de fecundação. Portanto, essas transformações no corpo das adolescentes são induzidas pelo início da produção dos hormônios sexuais produzidos pelos ovários, por isso, trata-se da fase da vida que se inicia a puberdade. Assim, Rappaport (1997) diz que “a puberdade marca a adolescência do ponto de vista biológico e possibilita a aquisição de um corpo adulto, com acesso à expressão da sexualidade e da capacidade reprodutiva” (p.43). A sexualidade surge definida com características morfológicas, fisiológicas e psicológicas relacionadas ao sexo. Mas, esse conceito tem sofrido inúmeras e profundas transformações ao longo dos tempos, acompanhando as transformações históricas e sociais da humanidade. Por isso, segundo Santana (2013, p.1): o conceito de sexualidade refere-se ao dado sexual que se define pelas práticas erótico-sexuais nas quais as pessoas se envolvem, bem como pelo desejo e atração que leva a sua expressão (ou não) através de determinadas práticas. Segundo Weeks (1992), a sexualidade é um fenômeno social e histórico, dado e moldado pela interação social, que só pode ser compreendido pelo contexto de uma determinada época, mas também, é uma experiência pessoal que possui significados atribuídos aos corpos e às possibilidades sexuais que contribuem para nossa formação pessoal. Além disso, ressalta que a sexualidade possui um aspecto central do ser humano ao longo da vida que inclui sexo, gênero, identidades e papéis, orientação sexual, erotismo, prazer, intimidade e reprodução. Portanto, sexualidade é experiência que se expressa por meio de pensamentos, fantasias, desejos, crenças, atitudes, valores, comportamentos, práticas, papéis e relações. Por isso, a sexualidade é influenciada pela interação de fatores biológicos, psicológicos, sociais, econômicos, políticos, culturais, éticos, legais, históricos, religiosos e espirituais (FILHO, 2005). 30/10/2018 http://anais.educonse.com.br/2018/dificuldade_em_trabalhar_sobre_sexualidade_com_adolescentes_nas_e.pdf Educon, Aracaju, Volume 12, n. 01, p.3-13, set/2018 | www.educonse.com.br/xiicoloquio Vale ressalta, que sexo é dado pelas características biológicas: nasce-se macho ou fêmea da espécie humana. Dessa forma, Filho (2005), Diz que o gênero dá significado ás distinções entre os sexos, ele transforma seres biologicamente machos e fêmeas em homens e mulheres, seres sociais. Se há diferenças biológicas entre os sexos, não são elas que determinam as desigualdades entre eles (p.138). Logo, o gênero é o aspecto cultural que diferencia a dimensão biológica da dimensão social que se refere à forma de identificar e ser identificado como homem ou mulher numa construção social do sexo. Por isso, a sexualidade faz parte da personalidade de cada indivíduo e é construído a partir do objeto individual do desejo. Diante dessas informações, Muniz (2007, p.1): O conceito de gênero veio responder vários desses impasses, permitir analisar tanto as relações de gênero, quanto a construção da identidade de gênero de cada pessoa, ou seja, o gênero é o modo como a sociedades olham as pessoas do sexo masculino e as pessoas do sexo feminino. Portanto, a iniciação sexual é um evento marcante na vida dos adolescentes, quando ele descobre novas experiências que podem inseri-los em um grupo de vulnerabilidade às doenças sexualmente transmissíveis e à gravidez indesejada. Além disso, a iniciação sexual precoce entre adolescentes tem acarretado uma preocupação cada vez maior entre profissionais de saúde, pais e professores em decorrência da falta de conhecimento sobre concepção e uso de contraceptivos. Portanto, o exercício da sexualidade traz implicações no processo reprodutivo e na própria saúde do adolescente (CANO, 2000). Vale ressalta, que a escolar é o espaço adequado para se questionar, aprender e formar cidadãos capazes de tomar decisões. Segundo Castro e Silva (2002): Definem o espaço escolar como um âmbito enriquecedor para se trabalhar o tema sexualidade, tendo o professor como um elemento importante na transmissão do conteúdo. Além disso, os adolescentes passam a maior parte do tempo na escola. Compreender, que o ato de ensinar sobre sexualidade não depende dos professores de ciências, mas de todos os docentes que fazem parte da instituição junto com toda a equipe escolar que devem estar preparados para dialogar sobre o assunto. A orientação sexual é entendida como sendo de caráter informativo, o que está vinculado à visão de sexualidade que perpassa o documento. A sexualidade é concebida como um dado da natureza, como “algo inerente, necessário e fonte de prazer na vida”. Fala-se em “necessidade básica”, “em potencialidade erótica do corpo”, “em impulsos de desejo vividos no corpo”, sobre o que os sujeitos, principalmente os adolescentes, precisam ser informados indicativos normalizadores da sexualidade. Ela é vista sob o ponto de vista biológico, atrelada às funções hormonais (BRASIL, 2009). O papel do docente é orientar, criar momentos de reflexão e criatividade, pois são atributos necessários para a construção da autonomia, da resolução de problemas através de pesquisas, estudos e debates que possam auxiliar os alunos sobre o assunto. Dessa forma, Prigol (2008) afirmar que as estratégias possibilitam a criatividade, desinibição e participação dos alunos, fazendo com que se sintam motivados e envolvidos com a problemática que, consequentemente, facilitar a reflexão e a significação do conteúdo abordado (p.10). Porém, os professores oriundos de uma geração marcada pela repressão sexual, carregam preconceitos, tabus, influencia religiosas, mitos e a falta de informação sobre sexualidade, dificultando a discussão sobre assunto. 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DIFICULDADE EM TRABALHAR SOBRE SEXUALIDADE COM ADOLESCENTES NAS ESCOLAS: UMA ANÁLISE DAS PESQUISAS DE 2000 A 2017
The present study has as main objective to analyze the difficulties of teachers in working on sexuality with adolescents in school. The method adopted was of the bibliographic type, in which data and information were collected from SciELO, CAPES, books, texts, theses, documents, scientific articles, BIREME, LILACS. The main results were: prejudices, influence of the media, church building myths, shame, lack of basement-theoretic, school space, play the responsibility in science teachers or biology. To conclude that all teachers in the school should have knowledge about sexuality, but the school should place all responsibility in science and biology teachers, but the subject must be worked in all disciplines. Therefore, it is necessary for all teachers and staff to have a continuing education so that they can work together to achieve meaningful learning. Keyword: Difficulty of teachers. Sexuality. Adolescents. School. 30/10/2018 http://anais.educonse.com.br/2018/dificuldade_em_trabalhar_sobre_sexualidade_com_adolescentes_nas_e.pdf Educon, Aracaju, Volume 12, n. 01, p.2-13, set/2018 | www.educonse.com.br/xiicoloquio DIFICULTAD EN TRABAJAR SOBRE SEXUALIDAD CON ADOLESCENTES EN LAS ESCUELAS: UN ANÁLISIS DE LAS INVESTIGAS DEL 2000 A 2017 RESUMEN La presente investigación tiene como objetivo principal analizar cuáles son las dificultades de los docentes en trabajar sobre sexualidad con los adolescentes en la escuela. El método adoptado fue del tipo bibliográfico, en el que fueron recolectados datos e informaciones de SciELO, CAPES, libros, textos, tesis, documentos, artículos científicos, BIREME, LILACS. Los principales resultados fueron: preconceptos, influencia de los medios, de la iglesia creando mitos, vergüenza, falta del embasamiento-teórico, del espacio escolar, juegan la responsabilidad en los profesores de ciencias o biología. Concluir que todos los docentes de la escuela deben tener conocimiento sobre sexualidad, pero la escuela depositar toda la responsabilidad, en los profesores de ciencias y biología, pero el asunto debe ser trabajado en todas las disciplinas. Por lo tanto, es necesario que todos los docentes y funcionarios tengan una formación continuada para que puedan trabajar juntos para obtener un aprendizaje significativo. Palabra clave: Dificultad de los docentes. La sexualidad. Los adolescentes. Escuela. INTRODUÇÃO Adolescência é uma fase em que os adolescentes passam por um processo de transformação da infância para a vida adulta, que se desenvolve de maneira física, mental, emocional, sexual e social. Segundo Valverde (1997): A adolescência é uma etapa do ciclo vital de transição entre criança e o adulto que se caracteriza pelos seguintes níveis de desenvolvimento físico, mental, emocional e social. Assim, os desafios enfrentados pelas adolescentes, são considerados o desenvolvimento próprio em que incluem adaptação ás mudanças fisiológicas e anatômicas em relação a integração de uma maturidade sexual em um modelo pessoal de comportamento, ou seja, o estabelecimento de uma identidade individual, sexual e social (p. 81). Diante destas informações, a adolescência está dividida em três fases: pré-puberdade, puberdade e pós-puberdade. A pré-puberdade é o desenvolvimento físico acelerado, que aproxima o corpo da criança a de um adulto, portanto, é uma fase de conflitos psíquicos e emocionais, em que busca a sua própria identidade. A puberdade inicia aos 13 anos, com a maturidade dos órgãos reprodutores. Já a pós-puberdade ocorre na faixa etária de 15 aos 19 anos e é uma fase de cobranças sociais e formação da própria identidade. Para Chipkevitch (1995, p.67): A puberdade corresponde às modificações biológicas, às transformações biopsicossociais em que estas se inserem. O conceito de puberdade está relacionado aos aspectos físicos e biológicos do indivíduo, iniciando-se por volta dos 9/10 anos de idade aos 20. Nesse sentido, a adolescência é uma fase em que ocorrem mudanças corporais marcadas por mudanças morfológicas e fisiológicas no corpo da adolescente com o surgimento de sua capacidade de fecundação. Portanto, essas transformações no corpo das adolescentes são induzidas pelo início da produção dos hormônios sexuais produzidos pelos ovários, por isso, trata-se da fase da vida que se inicia a puberdade. Assim, Rappaport (1997) diz que “a puberdade marca a adolescência do ponto de vista biológico e possibilita a aquisição de um corpo adulto, com acesso à expressão da sexualidade e da capacidade reprodutiva” (p.43). A sexualidade surge definida com características morfológicas, fisiológicas e psicológicas relacionadas ao sexo. Mas, esse conceito tem sofrido inúmeras e profundas transformações ao longo dos tempos, acompanhando as transformações históricas e sociais da humanidade. Por isso, segundo Santana (2013, p.1): o conceito de sexualidade refere-se ao dado sexual que se define pelas práticas erótico-sexuais nas quais as pessoas se envolvem, bem como pelo desejo e atração que leva a sua expressão (ou não) através de determinadas práticas. Segundo Weeks (1992), a sexualidade é um fenômeno social e histórico, dado e moldado pela interação social, que só pode ser compreendido pelo contexto de uma determinada época, mas também, é uma experiência pessoal que possui significados atribuídos aos corpos e às possibilidades sexuais que contribuem para nossa formação pessoal. Além disso, ressalta que a sexualidade possui um aspecto central do ser humano ao longo da vida que inclui sexo, gênero, identidades e papéis, orientação sexual, erotismo, prazer, intimidade e reprodução. Portanto, sexualidade é experiência que se expressa por meio de pensamentos, fantasias, desejos, crenças, atitudes, valores, comportamentos, práticas, papéis e relações. Por isso, a sexualidade é influenciada pela interação de fatores biológicos, psicológicos, sociais, econômicos, políticos, culturais, éticos, legais, históricos, religiosos e espirituais (FILHO, 2005). 30/10/2018 http://anais.educonse.com.br/2018/dificuldade_em_trabalhar_sobre_sexualidade_com_adolescentes_nas_e.pdf Educon, Aracaju, Volume 12, n. 01, p.3-13, set/2018 | www.educonse.com.br/xiicoloquio Vale ressalta, que sexo é dado pelas características biológicas: nasce-se macho ou fêmea da espécie humana. Dessa forma, Filho (2005), Diz que o gênero dá significado ás distinções entre os sexos, ele transforma seres biologicamente machos e fêmeas em homens e mulheres, seres sociais. Se há diferenças biológicas entre os sexos, não são elas que determinam as desigualdades entre eles (p.138). Logo, o gênero é o aspecto cultural que diferencia a dimensão biológica da dimensão social que se refere à forma de identificar e ser identificado como homem ou mulher numa construção social do sexo. Por isso, a sexualidade faz parte da personalidade de cada indivíduo e é construído a partir do objeto individual do desejo. Diante dessas informações, Muniz (2007, p.1): O conceito de gênero veio responder vários desses impasses, permitir analisar tanto as relações de gênero, quanto a construção da identidade de gênero de cada pessoa, ou seja, o gênero é o modo como a sociedades olham as pessoas do sexo masculino e as pessoas do sexo feminino. Portanto, a iniciação sexual é um evento marcante na vida dos adolescentes, quando ele descobre novas experiências que podem inseri-los em um grupo de vulnerabilidade às doenças sexualmente transmissíveis e à gravidez indesejada. Além disso, a iniciação sexual precoce entre adolescentes tem acarretado uma preocupação cada vez maior entre profissionais de saúde, pais e professores em decorrência da falta de conhecimento sobre concepção e uso de contraceptivos. Portanto, o exercício da sexualidade traz implicações no processo reprodutivo e na própria saúde do adolescente (CANO, 2000). Vale ressalta, que a escolar é o espaço adequado para se questionar, aprender e formar cidadãos capazes de tomar decisões. Segundo Castro e Silva (2002): Definem o espaço escolar como um âmbito enriquecedor para se trabalhar o tema sexualidade, tendo o professor como um elemento importante na transmissão do conteúdo. Além disso, os adolescentes passam a maior parte do tempo na escola. Compreender, que o ato de ensinar sobre sexualidade não depende dos professores de ciências, mas de todos os docentes que fazem parte da instituição junto com toda a equipe escolar que devem estar preparados para dialogar sobre o assunto. A orientação sexual é entendida como sendo de caráter informativo, o que está vinculado à visão de sexualidade que perpassa o documento. A sexualidade é concebida como um dado da natureza, como “algo inerente, necessário e fonte de prazer na vida”. Fala-se em “necessidade básica”, “em potencialidade erótica do corpo”, “em impulsos de desejo vividos no corpo”, sobre o que os sujeitos, principalmente os adolescentes, precisam ser informados indicativos normalizadores da sexualidade. Ela é vista sob o ponto de vista biológico, atrelada às funções hormonais (BRASIL, 2009). O papel do docente é orientar, criar momentos de reflexão e criatividade, pois são atributos necessários para a construção da autonomia, da resolução de problemas através de pesquisas, estudos e debates que possam auxiliar os alunos sobre o assunto. Dessa forma, Prigol (2008) afirmar que as estratégias possibilitam a criatividade, desinibição e participação dos alunos, fazendo com que se sintam motivados e envolvidos com a problemática que, consequentemente, facilitar a reflexão e a significação do conteúdo abordado (p.10). Porém, os professores oriundos de uma geração marcada pela repressão sexual, carregam preconceitos, tabus, influencia religiosas, mitos e a falta de informação sobre sexualidade, dificultando a discussão sobre assunto. Para Morais (2007), a desmotivação interfere negativamente no processo de ensino-aprendizagem, e entre as causas, a falta de motivação, o planejamento e o desenvolvimento das aulas realizadas pelo professor são fatores determinantes (p.2).