C. Kauffmann, Ana Paula Alves Soares, Kelen Arossi, L. A. Pacheco, Bárbara Buhl, E. Freitas, Lucélia Hoehne, Luís César de Castro, S. C. B. Gnoatto, E. M. Ethur
{"title":"原产于巴西南部的桃金娘属植物的体外抗菌潜力和抗菌膜","authors":"C. Kauffmann, Ana Paula Alves Soares, Kelen Arossi, L. A. Pacheco, Bárbara Buhl, E. Freitas, Lucélia Hoehne, Luís César de Castro, S. C. B. Gnoatto, E. M. Ethur","doi":"10.22410/ISSN.1983-0882.V14I2A2017.1512","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"O controle de infecções bacterianas tem se tornado um problema de saúde pública, despertando o interesse pela pesquisa de substâncias com ação antimicrobiana ou inibidora da formação de biofilme a partir de plantas. Assim, este trabalho objetivou avaliar o potencial antimicrobiano de espécies do gênero Eugenia, nativas do sul do Brasil, contra Staphylococcus aureus e Pseudomonas aeruginosa. Folhas de E. anomala, E. arenosa, E. hiemalis, E. pitanga, E. pyriformis e E. rostrifolia foram submetidas ao processo de maceração com diferentes solventes, resultando nos extratos bruto, hexânico, clorofórmico, acetato de etila e etanólico. Os diferentes extratos foram caracterizados fitoquimicamente através de cromatografia em camada delgada. As atividades antimicrobiana e antibiofilme dos extratos, nas concentrações de 4,0 e 0,4 mg/mL, foram avaliadas em microplacas através da medida de densidade óptica, com auxílio do corante cristal violeta, contra S. aureus (ATCC 25923) e P. aeruginosa (ATCC 27853). Flavonoides, taninos, terpenos e saponinas foram identificados nas amostras. Atividade inibidora sobre o crescimento planctônico de P. aeruginosa superior a 90,0% foi observada para o extrato bruto de E. anomala, extrato etanólico de E. arenosa e extrato bruto de E. pyriformis, na concentração de 4,0 mg/mL. Ainda, o extrato etanólico de E. arenosa, na concentração de 4,0 mg/mL, inibiu em aproximadamente 50,0% a formação de biofilme de P. aeruginosa. Os extratos etanólico e clorofórmico de E. hiemalis e o extrato etanólico de E. pyriformis, na concentração de 4,0 mg/mL, inibiram completamente o crescimento planctônico de S. aureus. Os extratos hexânico 4,0 mg/mL, hexânico 0,4 mg/mL e clorofórmico 4,0 mg/mL de E. hiemalis apresentaram efeito inibidor sobre a formação de biofilme de S. aureus superior a 90,0%. Ainda, as espécies nativas do bioma Pampa, E. arenosa, E. anomala e E. pitanga, apresentaram ação inibidora de formação de biofilme na concentração de 0,4 mg/mL, superior a 50,0% sobre S. aureus, contudo sem interferência no crescimento de células planctônicas. Este estudo, além de avaliar pela primeira vez a atividade antimicrobiana e antibiofilme das espécies nativas do gênero Eugenia contra S. aureus e P. aeruginosa, demonstrou a potencialidade das espécies estudadas como antimicrobianas, destacando-se aquelas originárias do bioma pampa – E. anomala, E. arenosa e E. pitanga, como possível fonte para o desenvolvimento de fármacos.","PeriodicalId":360288,"journal":{"name":"Revista Caderno Pedagógico","volume":"18 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2018-09-05","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"3","resultStr":"{\"title\":\"POTENCIAL ANTIMICROBIANO E ANTIBIOFILME IN VITRO DE ESPÉCIES DO GÊNERO EUGENIA, MYRTACEAE, NATIVAS DO SUL DO BRASIL\",\"authors\":\"C. Kauffmann, Ana Paula Alves Soares, Kelen Arossi, L. A. Pacheco, Bárbara Buhl, E. Freitas, Lucélia Hoehne, Luís César de Castro, S. C. B. Gnoatto, E. M. 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POTENCIAL ANTIMICROBIANO E ANTIBIOFILME IN VITRO DE ESPÉCIES DO GÊNERO EUGENIA, MYRTACEAE, NATIVAS DO SUL DO BRASIL
O controle de infecções bacterianas tem se tornado um problema de saúde pública, despertando o interesse pela pesquisa de substâncias com ação antimicrobiana ou inibidora da formação de biofilme a partir de plantas. Assim, este trabalho objetivou avaliar o potencial antimicrobiano de espécies do gênero Eugenia, nativas do sul do Brasil, contra Staphylococcus aureus e Pseudomonas aeruginosa. Folhas de E. anomala, E. arenosa, E. hiemalis, E. pitanga, E. pyriformis e E. rostrifolia foram submetidas ao processo de maceração com diferentes solventes, resultando nos extratos bruto, hexânico, clorofórmico, acetato de etila e etanólico. Os diferentes extratos foram caracterizados fitoquimicamente através de cromatografia em camada delgada. As atividades antimicrobiana e antibiofilme dos extratos, nas concentrações de 4,0 e 0,4 mg/mL, foram avaliadas em microplacas através da medida de densidade óptica, com auxílio do corante cristal violeta, contra S. aureus (ATCC 25923) e P. aeruginosa (ATCC 27853). Flavonoides, taninos, terpenos e saponinas foram identificados nas amostras. Atividade inibidora sobre o crescimento planctônico de P. aeruginosa superior a 90,0% foi observada para o extrato bruto de E. anomala, extrato etanólico de E. arenosa e extrato bruto de E. pyriformis, na concentração de 4,0 mg/mL. Ainda, o extrato etanólico de E. arenosa, na concentração de 4,0 mg/mL, inibiu em aproximadamente 50,0% a formação de biofilme de P. aeruginosa. Os extratos etanólico e clorofórmico de E. hiemalis e o extrato etanólico de E. pyriformis, na concentração de 4,0 mg/mL, inibiram completamente o crescimento planctônico de S. aureus. Os extratos hexânico 4,0 mg/mL, hexânico 0,4 mg/mL e clorofórmico 4,0 mg/mL de E. hiemalis apresentaram efeito inibidor sobre a formação de biofilme de S. aureus superior a 90,0%. Ainda, as espécies nativas do bioma Pampa, E. arenosa, E. anomala e E. pitanga, apresentaram ação inibidora de formação de biofilme na concentração de 0,4 mg/mL, superior a 50,0% sobre S. aureus, contudo sem interferência no crescimento de células planctônicas. Este estudo, além de avaliar pela primeira vez a atividade antimicrobiana e antibiofilme das espécies nativas do gênero Eugenia contra S. aureus e P. aeruginosa, demonstrou a potencialidade das espécies estudadas como antimicrobianas, destacando-se aquelas originárias do bioma pampa – E. anomala, E. arenosa e E. pitanga, como possível fonte para o desenvolvimento de fármacos.