{"title":"第七章-乡郊发展","authors":"","doi":"10.38116/bps27/desenvolvimentorural","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"A contenção das despesas públicas nos últimos anos, intensificada pela Emenda\nConstitucional no 95, representou uma redução da execução orçamentária das\npolíticas para agricultura familiar e desenvolvimento rural. Ao mesmo tempo,\nverificou-se uma fragilização dos órgãos responsáveis pela execução. Com o Novo\nRegime Fiscal, esse quadro tende a se agravar, visto que as despesas discricionárias\ndevem decair mais para atender ao teto estabelecido pela EC no 95, e os recursos públicos ainda disponíveis podem acirrar as disputas entre os diferentes interesses e modelos para o rural brasileiro. Como consequência, observa-se uma tendência de descontinuidades e reduções de programas direcionados para os povos do campo, o que pode aumentar o contingente de agricultores à margem das políticas públicas de promoção da cidadania nos espaços rurais ou de caráter produtivo. Por sua vez, parte dos gastos ainda executados, principalmente em 2017, foi direcionada a um programa de titulação massiva de lotes de reforma agrária, com os problemas e as eventuais consequências apontadas ao longo deste capítulo. Embora as justificativas das titulações dos assentamentos por parte do governo atual aludam à segurança jurídica da propriedade da terra, a análise orçamentária das políticas voltadas à agricultura familiar não permite delinear um cenário otimista para assentados recém-emancipados que necessitem de apoio para se consolidarem como agricultores familiares.","PeriodicalId":171551,"journal":{"name":"Acompanhamento e análise","volume":"1 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2019-06-13","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"1","resultStr":"{\"title\":\"CAPÍTULO 7 - DESENVOLVIMENTO RURAL\",\"authors\":\"\",\"doi\":\"10.38116/bps27/desenvolvimentorural\",\"DOIUrl\":null,\"url\":null,\"abstract\":\"A contenção das despesas públicas nos últimos anos, intensificada pela Emenda\\nConstitucional no 95, representou uma redução da execução orçamentária das\\npolíticas para agricultura familiar e desenvolvimento rural. Ao mesmo tempo,\\nverificou-se uma fragilização dos órgãos responsáveis pela execução. Com o Novo\\nRegime Fiscal, esse quadro tende a se agravar, visto que as despesas discricionárias\\ndevem decair mais para atender ao teto estabelecido pela EC no 95, e os recursos públicos ainda disponíveis podem acirrar as disputas entre os diferentes interesses e modelos para o rural brasileiro. Como consequência, observa-se uma tendência de descontinuidades e reduções de programas direcionados para os povos do campo, o que pode aumentar o contingente de agricultores à margem das políticas públicas de promoção da cidadania nos espaços rurais ou de caráter produtivo. Por sua vez, parte dos gastos ainda executados, principalmente em 2017, foi direcionada a um programa de titulação massiva de lotes de reforma agrária, com os problemas e as eventuais consequências apontadas ao longo deste capítulo. Embora as justificativas das titulações dos assentamentos por parte do governo atual aludam à segurança jurídica da propriedade da terra, a análise orçamentária das políticas voltadas à agricultura familiar não permite delinear um cenário otimista para assentados recém-emancipados que necessitem de apoio para se consolidarem como agricultores familiares.\",\"PeriodicalId\":171551,\"journal\":{\"name\":\"Acompanhamento e análise\",\"volume\":\"1 1\",\"pages\":\"0\"},\"PeriodicalIF\":0.0000,\"publicationDate\":\"2019-06-13\",\"publicationTypes\":\"Journal Article\",\"fieldsOfStudy\":null,\"isOpenAccess\":false,\"openAccessPdf\":\"\",\"citationCount\":\"1\",\"resultStr\":null,\"platform\":\"Semanticscholar\",\"paperid\":null,\"PeriodicalName\":\"Acompanhamento e análise\",\"FirstCategoryId\":\"1085\",\"ListUrlMain\":\"https://doi.org/10.38116/bps27/desenvolvimentorural\",\"RegionNum\":0,\"RegionCategory\":null,\"ArticlePicture\":[],\"TitleCN\":null,\"AbstractTextCN\":null,\"PMCID\":null,\"EPubDate\":\"\",\"PubModel\":\"\",\"JCR\":\"\",\"JCRName\":\"\",\"Score\":null,\"Total\":0}","platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Acompanhamento e análise","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.38116/bps27/desenvolvimentorural","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
A contenção das despesas públicas nos últimos anos, intensificada pela Emenda
Constitucional no 95, representou uma redução da execução orçamentária das
políticas para agricultura familiar e desenvolvimento rural. Ao mesmo tempo,
verificou-se uma fragilização dos órgãos responsáveis pela execução. Com o Novo
Regime Fiscal, esse quadro tende a se agravar, visto que as despesas discricionárias
devem decair mais para atender ao teto estabelecido pela EC no 95, e os recursos públicos ainda disponíveis podem acirrar as disputas entre os diferentes interesses e modelos para o rural brasileiro. Como consequência, observa-se uma tendência de descontinuidades e reduções de programas direcionados para os povos do campo, o que pode aumentar o contingente de agricultores à margem das políticas públicas de promoção da cidadania nos espaços rurais ou de caráter produtivo. Por sua vez, parte dos gastos ainda executados, principalmente em 2017, foi direcionada a um programa de titulação massiva de lotes de reforma agrária, com os problemas e as eventuais consequências apontadas ao longo deste capítulo. Embora as justificativas das titulações dos assentamentos por parte do governo atual aludam à segurança jurídica da propriedade da terra, a análise orçamentária das políticas voltadas à agricultura familiar não permite delinear um cenário otimista para assentados recém-emancipados que necessitem de apoio para se consolidarem como agricultores familiares.