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ARENDT E TOCQUEVILLE E AS POTENCIALIDADES DA AÇÃO COLETIVA
Embora fosse manifesta a admiração de Hannah Arendt pela obra de Alexis de Tocqueville, ela nunca explorou de maneira mais consistente o pensamento dele em seus textos. No entanto, apesar da pouca visibilidade que Arendt confere ao autor da Democracia na América em sua obra, é marcante a afinidade entre os dois autores na forma de pensar a política e as potencialidades da ação coletiva. O artigo começa como uma breve explanação sobre em que aspectos da obra de Arendt, desde Origens do totalitarismo, é possível perceber a influência de Tocqueville, para depois explorar três pontos em que é se pode perceber uma vísivel confluência entre os dois autores: o diagnóstico que apresentam das Revoluções Americanas e Francesa, sobretudo na preocupação de ambos com a desafio da criação e da preservação de instituições livres; a compreensão mútua da liberdade como sinônimo de liberdade política, e a ênfase em formas de autogoverno como as comunas (no caso de Tocqueville) e os conselhos populares (no caso de Arendt), além das associações voluntárias, como caminhos para garantir a participação popular e a experiência da liberdade política.