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Ao longo desse artigo pretende-se demonstrar de que maneira a questão da hospitalidade se apresenta nas obras políticas de Jean Jacques Rousseau e, principalmente, qual é sua relação com a linguagem. Para tanto, começa-se demonstrando como a linguagem é a essência da hospitalidade e como ela opera tanto como obstáculo ao acolhimento do outro e como obstáculo a possibilidade da hospitalidade; tanto como tentativa de aproximação e reconhecimento e, portanto, como possibilidade à hospitalidade. Dessa maneira, será apresentado também o pensamento de Derrida como intérprete e crítico de Rousseau, principalmente quando este analisa como se deu a formação da linguagem, a consequente formação da sociedade civil e as saídas possibilitadas pelo Contrato Social para que um acolhimento – mesmo que condicional – fosse possível. Conclui-se então, que na visão rousseauniana, a hospitalidade está sempre entre a entre a lei e o sentimento, a fala e a justiça sendo, entretanto, impossível um retorno a uma origem mais pura.