Pollyana Ruggio Tristão Borges, M. F. Felicíssimo, R. Sampaio, Sheyla Rossana Cavalcanti Furtado
{"title":"尿失禁健康教育:增强妇女改善健康的能力","authors":"Pollyana Ruggio Tristão Borges, M. F. Felicíssimo, R. Sampaio, Sheyla Rossana Cavalcanti Furtado","doi":"10.14295/JMPHC.V7I1.466","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"A incontinencia urinaria (IU) feminina e um problema de saude publica que tem impactado de forma negativa a qualidade de vida. Muitas mulheres nao conhecem os sintomas e tratamento da IU, e assim, nao procuram assistencia de profissionais da saude. Estrategias de educacao em saude podem ser utilizadas para empoderar a populacao. Informar sobre IU e avaliar o aprendizado apos uma intervencao de educacao em saude para mulheres na atencao primaria da rede publica de saude. Foi realizada uma roda de conversa por academicos do curso de fisioterapia da Universidade Federal de Minas Gerais em uma unidade basica de saude de Belo Horizonte para 16 mulheres, tanto da comunidade quanto funcionarias do local, em dezembro de 2015. O tema abordado foi a IU, o seu conceito, anatomia, sintomas, prevencao e tratamento. Antes da palestra, todas as usuarias preencheram um questionario com dados pessoais e sobre a qualidade de vida, por meio do International Consultation on Incontinence Questionnaire - Short Form (ICIQ-SF), alem de outras perguntas que abordavam conhecimentos previos sobre o tema. Apos a apresentacao do tema e discussoes, as usuarias preencheram um questionario sobre o assunto tratado para verificar o aprendizado. Foram realizadas analises descritivas por meio de distribuicoes de frequencias e desvio padrao. As usuarias tinham media de idade de 58 anos (± 10,9), 44% casadas, 81% no periodo da menopausa e 56% com vida sexual ativa. Metade tinham ate o ensino fundamental completo e 44% tinham ensino medio completo. Quanto ao funcionamento da bexiga e intestino, 46% das mulheres apresentaram queixa de IU de esforco e de urgencia, respectivamente, mais da metade acordava apenas uma vez durante a noite para urinar (53%) e apresentava frequencia defecatoria diaria (53%), a maioria possuia continencia tanto para gases e fezes (87%). A maior parte nao relatou apresentar infeccao urinaria recente (80%) e a media do escore do ICIQ-SF foi de 6. A analise das respostas do questionario pre discussao mostrou que 94% das participantes estavam motivadas com o encontro. Parte das mulheres relataram nao saber o que era IU antes da atividade educativa (35%) e a maioria relatou ter mais clareza sobre o assunto apos a roda de conversa (88%). Antes da intervencao, 77% nao conheciam a localizacao dos musculos do assoalho pelvico no corpo humano e ao final, 81% relataram ter aprendido. Os dados coletados antes da atividade mostraram que, 41% das participantes nao sabiam quais as possibilidades de tratamentos para IU, mas, apos o encontro, a grande maioria relatou conhece-los (75%). Apos a palestra, 94% disseram estar satisfeitas com o encontro e 75% colocariam em pratica o que aprenderam. Alem disso, o conteudo apresentado foi considerado importante por todas participantes (100%). Por meio de uma intervencao simples e de baixo custo, foi possivel a conscientizacao das mulheres sobre a IU. Tais medidas sao essenciais para a difusao e multiplicacao do conhecimento na comunidade e melhoria da saude da mulher.","PeriodicalId":378003,"journal":{"name":"JMPHC. 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Educação em saúde na incontinência urinária: empoderar para melhorar a saúde da mulher
A incontinencia urinaria (IU) feminina e um problema de saude publica que tem impactado de forma negativa a qualidade de vida. Muitas mulheres nao conhecem os sintomas e tratamento da IU, e assim, nao procuram assistencia de profissionais da saude. Estrategias de educacao em saude podem ser utilizadas para empoderar a populacao. Informar sobre IU e avaliar o aprendizado apos uma intervencao de educacao em saude para mulheres na atencao primaria da rede publica de saude. Foi realizada uma roda de conversa por academicos do curso de fisioterapia da Universidade Federal de Minas Gerais em uma unidade basica de saude de Belo Horizonte para 16 mulheres, tanto da comunidade quanto funcionarias do local, em dezembro de 2015. O tema abordado foi a IU, o seu conceito, anatomia, sintomas, prevencao e tratamento. Antes da palestra, todas as usuarias preencheram um questionario com dados pessoais e sobre a qualidade de vida, por meio do International Consultation on Incontinence Questionnaire - Short Form (ICIQ-SF), alem de outras perguntas que abordavam conhecimentos previos sobre o tema. Apos a apresentacao do tema e discussoes, as usuarias preencheram um questionario sobre o assunto tratado para verificar o aprendizado. Foram realizadas analises descritivas por meio de distribuicoes de frequencias e desvio padrao. As usuarias tinham media de idade de 58 anos (± 10,9), 44% casadas, 81% no periodo da menopausa e 56% com vida sexual ativa. Metade tinham ate o ensino fundamental completo e 44% tinham ensino medio completo. Quanto ao funcionamento da bexiga e intestino, 46% das mulheres apresentaram queixa de IU de esforco e de urgencia, respectivamente, mais da metade acordava apenas uma vez durante a noite para urinar (53%) e apresentava frequencia defecatoria diaria (53%), a maioria possuia continencia tanto para gases e fezes (87%). A maior parte nao relatou apresentar infeccao urinaria recente (80%) e a media do escore do ICIQ-SF foi de 6. A analise das respostas do questionario pre discussao mostrou que 94% das participantes estavam motivadas com o encontro. Parte das mulheres relataram nao saber o que era IU antes da atividade educativa (35%) e a maioria relatou ter mais clareza sobre o assunto apos a roda de conversa (88%). Antes da intervencao, 77% nao conheciam a localizacao dos musculos do assoalho pelvico no corpo humano e ao final, 81% relataram ter aprendido. Os dados coletados antes da atividade mostraram que, 41% das participantes nao sabiam quais as possibilidades de tratamentos para IU, mas, apos o encontro, a grande maioria relatou conhece-los (75%). Apos a palestra, 94% disseram estar satisfeitas com o encontro e 75% colocariam em pratica o que aprenderam. Alem disso, o conteudo apresentado foi considerado importante por todas participantes (100%). Por meio de uma intervencao simples e de baixo custo, foi possivel a conscientizacao das mulheres sobre a IU. Tais medidas sao essenciais para a difusao e multiplicacao do conhecimento na comunidade e melhoria da saude da mulher.