{"title":"从表达的角度来看,一个参考的地方","authors":"Alena Ciulla","doi":"10.20396/CEL.V60I3.8651604","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Na esteira do questionamento que Benveniste provoca sobre a noção de arbitrariedade do signo saussuriano, abre-se a possibilidade de que se resgate a referência, fenômeno banido por Saussure pelo motivo de retornar à relação das palavras com as coisas. A partir de uma redefinição do signo, e de uma reflexão pautada por pressupostos enunciativos, sugeridos também por Benveniste, propomos, então, uma abordagem para a referência, conceituando-a como um fenômeno realizado na enunciação. Sob este ponto de vista, não se trata de uma cartografia da realidade do mundo, mas de um saber que se constitui na língua e não pode ser visto separadamente do homem que fala. Os objetos a que nos referimos são construtos, fruto das noções que os falantes formulam sobre eles, na língua e pela língua.","PeriodicalId":254871,"journal":{"name":"Cadernos de Estudos Lingüísticos","volume":"44 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2018-10-15","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":"{\"title\":\"Um lugar para a referência, sob um ponto de vista da enunciação\",\"authors\":\"Alena Ciulla\",\"doi\":\"10.20396/CEL.V60I3.8651604\",\"DOIUrl\":null,\"url\":null,\"abstract\":\"Na esteira do questionamento que Benveniste provoca sobre a noção de arbitrariedade do signo saussuriano, abre-se a possibilidade de que se resgate a referência, fenômeno banido por Saussure pelo motivo de retornar à relação das palavras com as coisas. A partir de uma redefinição do signo, e de uma reflexão pautada por pressupostos enunciativos, sugeridos também por Benveniste, propomos, então, uma abordagem para a referência, conceituando-a como um fenômeno realizado na enunciação. Sob este ponto de vista, não se trata de uma cartografia da realidade do mundo, mas de um saber que se constitui na língua e não pode ser visto separadamente do homem que fala. Os objetos a que nos referimos são construtos, fruto das noções que os falantes formulam sobre eles, na língua e pela língua.\",\"PeriodicalId\":254871,\"journal\":{\"name\":\"Cadernos de Estudos Lingüísticos\",\"volume\":\"44 1\",\"pages\":\"0\"},\"PeriodicalIF\":0.0000,\"publicationDate\":\"2018-10-15\",\"publicationTypes\":\"Journal Article\",\"fieldsOfStudy\":null,\"isOpenAccess\":false,\"openAccessPdf\":\"\",\"citationCount\":\"0\",\"resultStr\":null,\"platform\":\"Semanticscholar\",\"paperid\":null,\"PeriodicalName\":\"Cadernos de Estudos Lingüísticos\",\"FirstCategoryId\":\"1085\",\"ListUrlMain\":\"https://doi.org/10.20396/CEL.V60I3.8651604\",\"RegionNum\":0,\"RegionCategory\":null,\"ArticlePicture\":[],\"TitleCN\":null,\"AbstractTextCN\":null,\"PMCID\":null,\"EPubDate\":\"\",\"PubModel\":\"\",\"JCR\":\"\",\"JCRName\":\"\",\"Score\":null,\"Total\":0}","platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Cadernos de Estudos Lingüísticos","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.20396/CEL.V60I3.8651604","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
Um lugar para a referência, sob um ponto de vista da enunciação
Na esteira do questionamento que Benveniste provoca sobre a noção de arbitrariedade do signo saussuriano, abre-se a possibilidade de que se resgate a referência, fenômeno banido por Saussure pelo motivo de retornar à relação das palavras com as coisas. A partir de uma redefinição do signo, e de uma reflexão pautada por pressupostos enunciativos, sugeridos também por Benveniste, propomos, então, uma abordagem para a referência, conceituando-a como um fenômeno realizado na enunciação. Sob este ponto de vista, não se trata de uma cartografia da realidade do mundo, mas de um saber que se constitui na língua e não pode ser visto separadamente do homem que fala. Os objetos a que nos referimos são construtos, fruto das noções que os falantes formulam sobre eles, na língua e pela língua.