{"title":"课堂中介作为意义的共享建构","authors":"Maria Judith Righi-Gomes","doi":"10.20396/CEL.V60I2.8648742","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Este texto sobre mediação em sala de aula é dedicado à Profª Drª Maria Irma Coudry que, desde a criação da área da Neurolinguística Discursiva, muito tem contribuído para refletir sobre patologização, medicalização e mediação, temas que permeiam as discussões sobre a prática pedagógica em nossos dias. O texto se fundamenta em um dos conceitos presentes em sua obra, Diário de Narciso: discurso e afasia, o de “construção partilhada de sentidos”, introduzido para questionar a padronização das avaliações e práticas terapêuticas com sujeitos afásicos. As reflexões realizadas por Coudry (1986) sobre construir sentidos através da linguagem, para que as interlocuções se tornem significativas e permitindo que os sujeitos assumam seus posicionamentos históricos, abrem um campo muito fértil para a compreensão do que significa “mediar” no contexto escolar. Ao reconhecer no aluno um sujeito de linguagem e, por isso, dependente das relações que se estabelecem em seu meio, o referido conceito atua como um contradispositivo às metodologias padronizantes, implantadas por políticas públicas e vigentes na escola atual. A reflexão aqui realizada se fundamenta em diversos autores da Neurolinguística Discursiva, em especial Coudry (1986; 1996; 2010), Freud (1891;1895), Vygotsky (1926;1934) e Luria (1977;1979), relacionando o funcionamento cerebral ao simbólico e ao histórico.","PeriodicalId":254871,"journal":{"name":"Cadernos de Estudos Lingüísticos","volume":"17 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2018-08-31","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":"{\"title\":\"A mediação em sala de aula como construção compartilhada de sentidos\",\"authors\":\"Maria Judith Righi-Gomes\",\"doi\":\"10.20396/CEL.V60I2.8648742\",\"DOIUrl\":null,\"url\":null,\"abstract\":\"Este texto sobre mediação em sala de aula é dedicado à Profª Drª Maria Irma Coudry que, desde a criação da área da Neurolinguística Discursiva, muito tem contribuído para refletir sobre patologização, medicalização e mediação, temas que permeiam as discussões sobre a prática pedagógica em nossos dias. O texto se fundamenta em um dos conceitos presentes em sua obra, Diário de Narciso: discurso e afasia, o de “construção partilhada de sentidos”, introduzido para questionar a padronização das avaliações e práticas terapêuticas com sujeitos afásicos. As reflexões realizadas por Coudry (1986) sobre construir sentidos através da linguagem, para que as interlocuções se tornem significativas e permitindo que os sujeitos assumam seus posicionamentos históricos, abrem um campo muito fértil para a compreensão do que significa “mediar” no contexto escolar. Ao reconhecer no aluno um sujeito de linguagem e, por isso, dependente das relações que se estabelecem em seu meio, o referido conceito atua como um contradispositivo às metodologias padronizantes, implantadas por políticas públicas e vigentes na escola atual. A reflexão aqui realizada se fundamenta em diversos autores da Neurolinguística Discursiva, em especial Coudry (1986; 1996; 2010), Freud (1891;1895), Vygotsky (1926;1934) e Luria (1977;1979), relacionando o funcionamento cerebral ao simbólico e ao histórico.\",\"PeriodicalId\":254871,\"journal\":{\"name\":\"Cadernos de Estudos Lingüísticos\",\"volume\":\"17 1\",\"pages\":\"0\"},\"PeriodicalIF\":0.0000,\"publicationDate\":\"2018-08-31\",\"publicationTypes\":\"Journal Article\",\"fieldsOfStudy\":null,\"isOpenAccess\":false,\"openAccessPdf\":\"\",\"citationCount\":\"0\",\"resultStr\":null,\"platform\":\"Semanticscholar\",\"paperid\":null,\"PeriodicalName\":\"Cadernos de Estudos Lingüísticos\",\"FirstCategoryId\":\"1085\",\"ListUrlMain\":\"https://doi.org/10.20396/CEL.V60I2.8648742\",\"RegionNum\":0,\"RegionCategory\":null,\"ArticlePicture\":[],\"TitleCN\":null,\"AbstractTextCN\":null,\"PMCID\":null,\"EPubDate\":\"\",\"PubModel\":\"\",\"JCR\":\"\",\"JCRName\":\"\",\"Score\":null,\"Total\":0}","platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Cadernos de Estudos Lingüísticos","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.20396/CEL.V60I2.8648742","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
引用次数: 0
摘要
这篇关于课堂调解的文章是献给Maria Irma Coudry教授的,自从神经语言学话语领域的创建以来,她对病态化、医学化和调解的反思做出了很大的贡献,这些主题渗透到当今教学实践的讨论中。这篇文章是基于他的作品《diario de Narciso:言语与失语症》中的一个概念,即“意义的共享构建”,旨在质疑失语症患者的评估和治疗实践的标准化。Coudry(1986)对通过语言构建意义的反思,使对话变得有意义,并允许主体假定他们的历史位置,为理解在学校环境中“调解”的含义打开了一个非常肥沃的领域。通过认识到学生是语言的主体,因此依赖于在他们的环境中建立的关系,这一概念作为一种反标准方法,由公共政策实施,并在当前的学校有效。这里所进行的反思是基于几位神经语言学论述的作者,特别是Coudry (1986;1996;弗洛伊德(1891;1895),维果斯基(1926;1934)和罗瑞亚(1977;1979),将大脑功能与象征和历史联系起来。
A mediação em sala de aula como construção compartilhada de sentidos
Este texto sobre mediação em sala de aula é dedicado à Profª Drª Maria Irma Coudry que, desde a criação da área da Neurolinguística Discursiva, muito tem contribuído para refletir sobre patologização, medicalização e mediação, temas que permeiam as discussões sobre a prática pedagógica em nossos dias. O texto se fundamenta em um dos conceitos presentes em sua obra, Diário de Narciso: discurso e afasia, o de “construção partilhada de sentidos”, introduzido para questionar a padronização das avaliações e práticas terapêuticas com sujeitos afásicos. As reflexões realizadas por Coudry (1986) sobre construir sentidos através da linguagem, para que as interlocuções se tornem significativas e permitindo que os sujeitos assumam seus posicionamentos históricos, abrem um campo muito fértil para a compreensão do que significa “mediar” no contexto escolar. Ao reconhecer no aluno um sujeito de linguagem e, por isso, dependente das relações que se estabelecem em seu meio, o referido conceito atua como um contradispositivo às metodologias padronizantes, implantadas por políticas públicas e vigentes na escola atual. A reflexão aqui realizada se fundamenta em diversos autores da Neurolinguística Discursiva, em especial Coudry (1986; 1996; 2010), Freud (1891;1895), Vygotsky (1926;1934) e Luria (1977;1979), relacionando o funcionamento cerebral ao simbólico e ao histórico.