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Belas, recatadas e loucas: mulheres no Manicômio Judiciário de São Paulo
A partir da análise dos doze prontuários das internas do Manicômio do Juquery, em São Paulo, o artigo tem por objetivo discutir o uso desta tipologia documental como fonte para o estudo da História de Gênero, levando em consideração a relação entre o desenvolvimento da Psiquiatria e o sexo feminino nas três primeiras décadas do século XX. Além disso, é importante ressaltar que esse conhecimento médico foi um instrumento importante para as políticas de controle social na Primeira República, que tinham por objetivo normatizar e disciplinar os indivíduos e seus comportamentos. Assim, as mulheres tornaram-se os principais alvos dos psiquiatras devido à especificidade atribuída à sua natureza diante da loucura, o que possibilitou o desenvolvimento de práticas intervencionistas que controlavam os corpos considerados desviantes e, no caso deste estudo, o corpo feminino.