O trabalho docente precarizado e sua relação com a expansão do capital

A reestruturação do trabalho, no Brasil, desde os anos de 1990, vem ocorrendo com as políticas neoliberais implementadas que estão em consonância com a agenda da expansão do capital financeiro e das orientações dos organismos internacionais.  Trabalhou-se com autores que desenvolvem suas produções a partir do referencial teórico do Materialismo Histórico-Dialético. Pautou-se nesse referencial para trazer uma análise documental e bibliográfica sobre a precarização e intensificação do trabalho do professor que vem assolando a classe trabalhadora da educação. Além da introdução e das conclusões, o artigo foi desenvolvido em quatro itens, demonstrando-se que, ao longo das últimas décadas, com o avanço das mudanças das políticas neoliberais, a expansão do capital educacional foi extensivo e ostensivo, principalmente no período pandêmico com maior precarização e exacerbação do trabalho docente. Junto às questões desenvolvidas, que tratam do trabalho docente e da exacerbação desse trabalho, inseriu-se a fala de três professoras que atuam nas Séries Iniciais do Ensino Fundamental I, nas quais buscou-se consonância com as principais análises da expansão do capital privado aliado à pandemia e com a precarização e intensificação do trabalho docente nesse período.