{"title":"CEFET-MG专业技术课程年轻毕业生的生活项目和职业抱负","authors":"Gloria Cristina Gomides Gomes","doi":"10.35699/2238-037x.2022.36971","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Analisam-se projetos de vida e aspirações profissionais de jovens mulheres estudantes, oriundas de classes de baixa renda, egressas do curso de extensão Pro-Técnico do CEFET-MG. Objetiva-se compreender se e como tais projetos são influenciados pela divisão do trabalho entre os sexos e seus desdobramentos, as motivações e os desafios enfrentados pelas estudantes e suas expectativas em relação ao mundo do trabalho. Para tal, realizou-se uma exegese de excertos de falas das estudantes participantes da pesquisa à luz das teorias da Divisão Sexual do Trabalho, de origem francófona, dialogando com teorias sobre juventudes e projetos de vida. Em função do isolamento social, devido à pandemia da Covid-19, foram realizadas rodas de conversa e entrevistas semiestruturadas por meio remoto, com oito egressas do Pro-Técnico, a fim de aproximar-se do objeto de estudo. Os relatos das participantes da pesquisa evidenciam que a passagem delas pelo Pro-Técnico contribuiu para a socialização com outros grupos de pertencimento e para a (re) elaboração de suas construções juvenis. Vários desafios foram evidenciados por essas meninas, tais como, rotinas de estudo com exaustivas cargas horárias; longo tempo no transporte de retorno para casa; divisão do tempo com triplas ou múltiplas jornadas - estudo, afazeres domésticos, trabalho remunerado, atividades físicas, religiosas e pessoais etc. Além disso relatam discriminações de gênero no espaço acadêmico e no mundo trabalho, como, por exemplo, seleções de vagas para estagiários exclusivamente do sexo masculino. No entanto, as jovens buscam formas de enfrentamento e de resistência. De acordo com as narrativas tanto “o trabalho faz juventudes” quanto “a escola faz juventudes”. Depreende-se no caso estudado, que também “a Educação Tecnológica faz juventudes”, pois vem contribuindo para a formação de condições juvenis femininas e de cidadãs atuantes na sociedade.","PeriodicalId":264937,"journal":{"name":"Trabalho & Educação","volume":"11 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2022-05-27","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":"{\"title\":\"PROJETOS DE VIDA E ASPIRAÇÕES PROFISSIONAIS DE JOVENS EGRESSAS DO CURSO PRO-TÉCNICO DO CEFET-MG\",\"authors\":\"Gloria Cristina Gomides Gomes\",\"doi\":\"10.35699/2238-037x.2022.36971\",\"DOIUrl\":null,\"url\":null,\"abstract\":\"Analisam-se projetos de vida e aspirações profissionais de jovens mulheres estudantes, oriundas de classes de baixa renda, egressas do curso de extensão Pro-Técnico do CEFET-MG. 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PROJETOS DE VIDA E ASPIRAÇÕES PROFISSIONAIS DE JOVENS EGRESSAS DO CURSO PRO-TÉCNICO DO CEFET-MG
Analisam-se projetos de vida e aspirações profissionais de jovens mulheres estudantes, oriundas de classes de baixa renda, egressas do curso de extensão Pro-Técnico do CEFET-MG. Objetiva-se compreender se e como tais projetos são influenciados pela divisão do trabalho entre os sexos e seus desdobramentos, as motivações e os desafios enfrentados pelas estudantes e suas expectativas em relação ao mundo do trabalho. Para tal, realizou-se uma exegese de excertos de falas das estudantes participantes da pesquisa à luz das teorias da Divisão Sexual do Trabalho, de origem francófona, dialogando com teorias sobre juventudes e projetos de vida. Em função do isolamento social, devido à pandemia da Covid-19, foram realizadas rodas de conversa e entrevistas semiestruturadas por meio remoto, com oito egressas do Pro-Técnico, a fim de aproximar-se do objeto de estudo. Os relatos das participantes da pesquisa evidenciam que a passagem delas pelo Pro-Técnico contribuiu para a socialização com outros grupos de pertencimento e para a (re) elaboração de suas construções juvenis. Vários desafios foram evidenciados por essas meninas, tais como, rotinas de estudo com exaustivas cargas horárias; longo tempo no transporte de retorno para casa; divisão do tempo com triplas ou múltiplas jornadas - estudo, afazeres domésticos, trabalho remunerado, atividades físicas, religiosas e pessoais etc. Além disso relatam discriminações de gênero no espaço acadêmico e no mundo trabalho, como, por exemplo, seleções de vagas para estagiários exclusivamente do sexo masculino. No entanto, as jovens buscam formas de enfrentamento e de resistência. De acordo com as narrativas tanto “o trabalho faz juventudes” quanto “a escola faz juventudes”. Depreende-se no caso estudado, que também “a Educação Tecnológica faz juventudes”, pois vem contribuindo para a formação de condições juvenis femininas e de cidadãs atuantes na sociedade.