{"title":"“一条叫做时间的河流,一座叫做地球的房子”:米娅·库托对文学基本权利的贡献","authors":"F. G. Mendonça, Valéria Ribas do Nascimento","doi":"10.21119/ANAMPS.41.279-297","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Este trabalho tem como base discutir a contribuição da obra Um rio chamado tempo, uma casa chamada terra, do escritor moçambicano Mia Couto, para o direito. O debate entra no sub-ramo “direito na literatura”, no qual se evidenciam personagens e histórias envolvendo o direito. A narrativa gira em torno da viagem do jovem Mariano à ilha Luar-do-Chão, depois de anos longe de sua terra natal, para conduzir a celebração do funeral do seu suposto Avô Mariano. Quando chega à ilha, ele se vê impelido a reconstruir uma história que se fez sem sua participação. Marianinho precisa zelar pela memória da família e pelas tradições da ilha. A problemática reside em torno de como trabalhar os direitos fundamentais referentes à vida, morte, nacionalidade, igualdade e liberdade, em um contexto de tradições específicas como é Luar-do-Chão. Mia Couto utiliza metáforas e alegorias para fazer o leitor pensar, para além do texto, a sua própria vida, relacionando o “tempo” e a “casa” como eixos temáticos da leitura. A metodologia é a hermenêutica fenomenológica, pois o direito não deixa de sofrer as contingências histórico-culturais do universo em que se integra, desse modo, os conceitos jurídicos revelam-se como fenômenos históricos orientados à reflexão crítica.","PeriodicalId":336488,"journal":{"name":"ANAMORPHOSIS - Revista Internacional de Direito e Literatura","volume":"26 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2018-08-15","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":"{\"title\":\"“Um rio chamado tempo, uma casa chamada terra”: contribuição de Mia Couto para os direitos fundamentais na literatura\",\"authors\":\"F. G. Mendonça, Valéria Ribas do Nascimento\",\"doi\":\"10.21119/ANAMPS.41.279-297\",\"DOIUrl\":null,\"url\":null,\"abstract\":\"Este trabalho tem como base discutir a contribuição da obra Um rio chamado tempo, uma casa chamada terra, do escritor moçambicano Mia Couto, para o direito. O debate entra no sub-ramo “direito na literatura”, no qual se evidenciam personagens e histórias envolvendo o direito. A narrativa gira em torno da viagem do jovem Mariano à ilha Luar-do-Chão, depois de anos longe de sua terra natal, para conduzir a celebração do funeral do seu suposto Avô Mariano. Quando chega à ilha, ele se vê impelido a reconstruir uma história que se fez sem sua participação. Marianinho precisa zelar pela memória da família e pelas tradições da ilha. A problemática reside em torno de como trabalhar os direitos fundamentais referentes à vida, morte, nacionalidade, igualdade e liberdade, em um contexto de tradições específicas como é Luar-do-Chão. Mia Couto utiliza metáforas e alegorias para fazer o leitor pensar, para além do texto, a sua própria vida, relacionando o “tempo” e a “casa” como eixos temáticos da leitura. A metodologia é a hermenêutica fenomenológica, pois o direito não deixa de sofrer as contingências histórico-culturais do universo em que se integra, desse modo, os conceitos jurídicos revelam-se como fenômenos históricos orientados à reflexão crítica.\",\"PeriodicalId\":336488,\"journal\":{\"name\":\"ANAMORPHOSIS - Revista Internacional de Direito e Literatura\",\"volume\":\"26 1\",\"pages\":\"0\"},\"PeriodicalIF\":0.0000,\"publicationDate\":\"2018-08-15\",\"publicationTypes\":\"Journal Article\",\"fieldsOfStudy\":null,\"isOpenAccess\":false,\"openAccessPdf\":\"\",\"citationCount\":\"0\",\"resultStr\":null,\"platform\":\"Semanticscholar\",\"paperid\":null,\"PeriodicalName\":\"ANAMORPHOSIS - Revista Internacional de Direito e Literatura\",\"FirstCategoryId\":\"1085\",\"ListUrlMain\":\"https://doi.org/10.21119/ANAMPS.41.279-297\",\"RegionNum\":0,\"RegionCategory\":null,\"ArticlePicture\":[],\"TitleCN\":null,\"AbstractTextCN\":null,\"PMCID\":null,\"EPubDate\":\"\",\"PubModel\":\"\",\"JCR\":\"\",\"JCRName\":\"\",\"Score\":null,\"Total\":0}","platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"ANAMORPHOSIS - Revista Internacional de Direito e Literatura","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.21119/ANAMPS.41.279-297","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
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摘要
这项工作的基础是讨论莫桑比克作家米娅·库托的《Um里约热内卢chamado tempo, Um casa chamado terra》对法律的贡献。争论进入了“文学中的法律”的分支,在这个分支中,涉及法律的人物和故事变得明显。故事围绕着年轻的马里亚诺在离开家乡多年后,前往Luar-do- chao岛,为他所谓的祖父马里亚诺举行葬礼。当他到达岛上时,他被迫重建一个没有他参与的故事。玛丽安尼奥必须照顾家庭的记忆和岛上的传统。问题在于如何在月光地板等特定传统的背景下,处理与生、死、国籍、平等和自由有关的基本权利。米娅·库托用隐喻和寓言让读者超越文本思考自己的生活,将“时间”和“房子”作为阅读的主题轴。方法论是现象学诠释学,因为法律并没有停止遭受它所整合的宇宙的历史和文化偶然性,因此,法律概念被揭示为面向批判性反思的历史现象。
“Um rio chamado tempo, uma casa chamada terra”: contribuição de Mia Couto para os direitos fundamentais na literatura
Este trabalho tem como base discutir a contribuição da obra Um rio chamado tempo, uma casa chamada terra, do escritor moçambicano Mia Couto, para o direito. O debate entra no sub-ramo “direito na literatura”, no qual se evidenciam personagens e histórias envolvendo o direito. A narrativa gira em torno da viagem do jovem Mariano à ilha Luar-do-Chão, depois de anos longe de sua terra natal, para conduzir a celebração do funeral do seu suposto Avô Mariano. Quando chega à ilha, ele se vê impelido a reconstruir uma história que se fez sem sua participação. Marianinho precisa zelar pela memória da família e pelas tradições da ilha. A problemática reside em torno de como trabalhar os direitos fundamentais referentes à vida, morte, nacionalidade, igualdade e liberdade, em um contexto de tradições específicas como é Luar-do-Chão. Mia Couto utiliza metáforas e alegorias para fazer o leitor pensar, para além do texto, a sua própria vida, relacionando o “tempo” e a “casa” como eixos temáticos da leitura. A metodologia é a hermenêutica fenomenológica, pois o direito não deixa de sofrer as contingências histórico-culturais do universo em que se integra, desse modo, os conceitos jurídicos revelam-se como fenômenos históricos orientados à reflexão crítica.