Pedro Silva, Maria Silene Alexandre Leite, Raphael Kramer
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O EFEITO DA DISTÂNCIA NO FLUXO DE CARGAS – UMA ANÁLISE DA ESTRUTURA ESPACIAL DA HINTERLÂNDIA DOS PORTOS BRASILEIROS
Resumo: O Brasil passou por um processo de expansão econômica durante as primeiras décadas do século XXI, elevando seu PIB em 378% e saltando da 11° para 5° posição no ranking das economias globais. Tal crescimento econômico foi acompanhado pela expansão da movimentos de bens pelos portos brasileiros. No país, 95% de toda carga movimentada nos portos nacionais passam por 19 complexos portuários, menos da metade dos 40 distribuídos ao longo da costa e do interior do Brasil. Estes portos competem entre si pelo tráfego de cargas do interior do território nacional e para o interior do território nos casos exportação e importação respectivamente. Com o objetivo de se estudar a distribuição de cargas dos portos para o interior do país este trabalho se propõe a analisar a estrutura espacial da hinterland dos portos brasileiros. Para tanto foram selecionados quatro grandes grupos de carga: Granel sólido agrícola, granel sólido não agrícola, granel líquido e carga geral e por meio de modelos de interação espacial foi estudado sua distribuição para as 137 mesorregiões do país. As cargas de granel agrícola e não agrícola aproximadamente 62% dos portos entregam mais que 60% da carga para o estado aonde está localizado o porto e aqueles que fazem fronteira com os mesmos. Os itens carga geral e granel líquido a apenas 15% dos portos entregam mais que 60% da carga para o estado aonde está localizado o porto e aqueles que fazem fronteira com os mesmos.