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No artigo, parte-se do princípio de que o sentimento de solidão possui uma grande relevância na experiência subjetiva dos indivíduos, constituindo uma importante fonte de sofrimento psíquico. São examinados, inicialmente, autores que sugerem o aumento de sua prevalência nas últimas décadas, cujas causas seriam de ordem política, económica e social. Ainda que durante um longo período o tema da solidão tenha tido pouca expressão na literatura psicanalítica, desde os anos cinquenta do século passado essa tendência alterou-se, quando se tornou objeto mais frequente de investigação clínica e conceitual. Após explorar de forma sucinta parte dessa bibliografia levando em conta a polissemia do termo, o artigo procura descrever três formas prevalentes de solidão. Com base em ideias de Klein, Ferenczi e Winnicott, propõe-se descrever variações deste sentimento, que são denominadas pelo autor, respetivamente, de solidão paranoide, solidão traumática e solidão narcísica. Tal desenvolvimento é acompanhado por três vinhetas clínicas que procuram ilustrá-las.