重新发明的安提哥:约翰·罗斯金的装饰assírio

Alice de Oliveira Viana, Marina Bianchi Guaragni
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Em The Stones of Venice, particularmente nos capítulos The material of ornament e The treatment of ornament, ambos do primeiro volume, é onde o tema do ornamento é tratado diretamente. No primeiro, abordam-se quais seriam os assuntos mais nobres para servirem como ornamentação e, no segundo, o modo mais adequado de tratar e apresentar tais assuntos. Subjacente a isso, observase, de um modo geral, nestes dois capítulos, um empenho do autor em circunscrever o domínio do ornamento, em distinção às outras artes, sobretudo à escultura – diferenciação também encontrada no discurso de outros críticos e teóricos da época e que se fazia necessária, tendo em vista os abusos da ornamentação vitoriana, que parecia não se fundamentar em quaisquer princípios. Segundo Ruskin, o ornamento, além de embelezar, deve ser adequado ao local para o qual foi feito. Assim ele diz: “a condição especial do verdadeiro ornamento é que seja bonito em seu lugar e mais em lugar algum, e que auxilie o efeito de cada porção do edifício sobre o qual ele tem influência; que, por sua riqueza, ele não torne outras partes calvas, ou, por sua delicadeza, outras partes grosseiras [...]”3. 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摘要

约翰·罗斯金,维多利亚时代最伟大的艺术评论家之一,是大量文学作品的作者,这些作品不仅阐明了他对艺术理论的思考,同时也概述了他对历史的立场,对艺术的过去。在他的许多作品中,可以清楚地看到他使用过去作为一种话语策略,使他的艺术理论思想合法化。这一点在观察他对装饰的理论时尤为明显,这是他反思的主要主题之一。作者围绕装饰问题的理论动员涉及到维多利亚时代的一个中心关注点,即建筑和文物的表达质量,这是罗斯金从艺术和工作之间的关系来解决的,这是他所有思想的中心。在《威尼斯之石》中,特别是在第一卷的《装饰材料》和《装饰处理》这两章中,装饰的主题都是直接处理的。在第一篇文章中,我们讨论了作为装饰的最高贵的主题,在第二篇文章中,我们讨论了处理和呈现这些主题的最合适的方式。背后是,一般来说,这两个章节,作者的努力在有限的区域点缀,在其他艺术的区别,特别是在雕塑—分化也发现在演讲的理论批判,这个时候你是必要的,以虐待的维多利亚时代的更合理,似乎不支持任何原则。根据罗斯金的说法,装饰除了美化之外,还必须适合制作它的地方。因此,他说:“真正的装饰的特殊条件是,它在它的地方是美丽的,在任何地方都是美丽的,它有助于它所影响的建筑的每个部分的效果;不要因为他的财富而使其他部位光秃秃,也不要因为他的精致而使其他部位粗糙……”在这些术语中,值得注意的是,装饰的条件是一种从属的条件,这与雕塑更大的自主性相对应
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Reinventando o antigo: John Ruskin e o ornamento assírio
John Ruskin, um dos maiores críticos de arte da era vitoriana, é autor de vasta obra literária que, além de ilustrar seu pensamento sobre teoria da arte, ao fazê-lo, delineia ao mesmo tempo seu posicionamento sobre a história, sobre o passado da arte. Em muitos de seus escritos, nota-se claramente um uso do passado como estratégia discursiva para legitimar seu pensamento teórico sobre as artes. Isto é notadamente percebido quando se observa sua teorização sobre o ornamento, um dos principais temas de suas reflexões. A mobilização teórica do autor em torno da questão do ornato envolve uma preocupação central à época vitoriana, a da qualidade expressiva da arquitetura e dos artefatos, que Ruskin aborda a partir das relações entre arte e trabalho, centrais em todo seu pensamento. Em The Stones of Venice, particularmente nos capítulos The material of ornament e The treatment of ornament, ambos do primeiro volume, é onde o tema do ornamento é tratado diretamente. No primeiro, abordam-se quais seriam os assuntos mais nobres para servirem como ornamentação e, no segundo, o modo mais adequado de tratar e apresentar tais assuntos. Subjacente a isso, observase, de um modo geral, nestes dois capítulos, um empenho do autor em circunscrever o domínio do ornamento, em distinção às outras artes, sobretudo à escultura – diferenciação também encontrada no discurso de outros críticos e teóricos da época e que se fazia necessária, tendo em vista os abusos da ornamentação vitoriana, que parecia não se fundamentar em quaisquer princípios. Segundo Ruskin, o ornamento, além de embelezar, deve ser adequado ao local para o qual foi feito. Assim ele diz: “a condição especial do verdadeiro ornamento é que seja bonito em seu lugar e mais em lugar algum, e que auxilie o efeito de cada porção do edifício sobre o qual ele tem influência; que, por sua riqueza, ele não torne outras partes calvas, ou, por sua delicadeza, outras partes grosseiras [...]”3. Nestes termos, nota-se que a condição do ornamento é uma condição de subordinação, a qual encontra um contraponto na maior autonomia da escultura, à qual o primeiro
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