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CRIOULIZAÇÃO E ESTILO: SOBRE "A CONJURA", DE JOSÉ EDUARDO AGUALUSA
N’A Conjura,o primeiro romance de Agualusa (1981), encontramos, entre outros elementos, aquilo que definirá a singularidade do imaginário literário do autor: a crioulização e a questão da linguagem. Se em Agualusa a crioulização é um meio para enfrentar o racismo, na medida em que dá azo à miscigenação e ao hibridismo cultural, inversamente, a linguagem, desprovida de marcas dialetais, em oposição com o que acontece com outros autores (Luandino Vieira, por exemplo), parece coadunar-se com um princípio de lusofonia universal. Todavia, é uma linguagem, porque bastante tributária do estilo queirosiano, veiculadora de marcas imperiais. Talvez, afinal, esse seja o ponto mais genuinamente histórico da narrativa.