Carolina Filgueiras Torres, M. Ferreira, Lais Xible Leite, Carolina Guimarães Caetano, Clarice Lima Álvares da Silva, Raquel Tognon Ribeiro
{"title":"米纳斯吉拉斯州瓦拉达雷斯州长家庭保健战略中儿童贫血预防面临的挑战:了解发展教育行动的情况。","authors":"Carolina Filgueiras Torres, M. Ferreira, Lais Xible Leite, Carolina Guimarães Caetano, Clarice Lima Álvares da Silva, Raquel Tognon Ribeiro","doi":"10.14295/JMPHC.V7I1.436","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"A anemia ferropriva (AF) e uma doenca multifatorial e responde pela maior parte dos casos de anemia em criancas de 6 a 59 meses, estando muito relacionada com fatores biologicos, socioeconomicos e nutricionais. Se instaura de forma gradativa e seus sinais e sintomas sao inespecificos como: cansaco, fraqueza muscular e palidez. Possui consequencias como baixo crescimento ponderal e estatural, dificuldade de aprendizagem e queda da imunidade. No Brasil, a anemia infantil ainda e um problema de saude publica devido a sua alta prevalencia de, em media, 40%. O presente trabalho teve como objetivo avaliar a prevencao da anemia e orientar os responsaveis por criancas de 6-59 meses cadastradas em unidades Estrategia Saude da Familia (ESF) do municipio de Governador Valadares, MG. Foram realizadas entrevistas estruturadas contendo questoes sobre o conhecimento com relacao a anemia, recebimento de orientacoes, participacao nas atividades de puericultura na ESF e suplementacao de ferro (SF). Foram consultados os prontuarios para obtencao de resultados de exames hematologicos e bioquimicos. Ao final, foram dadas orientacoes sobre a AF e medidas para prevencao e tratamento. Dos 209 responsaveis entrevistados, 42,6% relataram desconhecer os sintomas da anemia, sendo que 70,8% relataram que nunca receberam orientacao profissional sobre anemia. Alem disso, apenas 46,2% das criancas participavam ou haviam participado da puericultura na ESF. Dentre as 88 criancas de 6-59 meses que haviam realizado hemograma em um intervalo maximo de 3 meses antes ou depois da entrevista, a prevalencia da anemia (Hb<11g/dL) foi de 26,1%. Dentre as criancas anemicas, apenas 21,7% faziam uso do SF. Considerando as criancas de 6-24 meses (n=99) que realizaram o exame de sangue (n=44), 38,6% apresentavam anemia e apenas 24,2% estavam fazendo uso do SF. Dentre as criancas de 6-59 meses que estavam fazendo ou ja haviam feito uso do SF, 87,9% dos entrevistados relataram ter recebido orientacao profissional sobre posologia, porem 83% nao receberam orientacao em relacao aos efeitos colaterais. Ainda neste contexto, 22% das criancas apresentaram tais efeitos e 14,3% suspenderam a suplementacao devido a ocorrencia dos mesmos. Quanto aos exames bioquimicos, das 209 criancas, foram encontrados registros no prontuario de resultados de ferro serico e ferritina para apenas 48 e duas criancas, respectivamente. Considerando os dados de falta de informacao por parte dos responsaveis sobre a anemia e SF, em paralelo a baixa participacao nas atividades de puericultura e ainda o pequeno numero de criancas anemicas que faziam uso do SF, conclui-se que e necessario desenvolver estrategias que aumentem a participacao deste publico-alvo nas atividades da unidade de saude para possibilitar acoes educativas de prevencao e tratamento da anemia infantil.","PeriodicalId":378003,"journal":{"name":"JMPHC. 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Desafios para a prevenção da anemia infantil em crianças atendidas na Estratégia Saúde da Família do município de Governador Valadares, MG: conhecendo o cenário para desenvolver ações educativas.
A anemia ferropriva (AF) e uma doenca multifatorial e responde pela maior parte dos casos de anemia em criancas de 6 a 59 meses, estando muito relacionada com fatores biologicos, socioeconomicos e nutricionais. Se instaura de forma gradativa e seus sinais e sintomas sao inespecificos como: cansaco, fraqueza muscular e palidez. Possui consequencias como baixo crescimento ponderal e estatural, dificuldade de aprendizagem e queda da imunidade. No Brasil, a anemia infantil ainda e um problema de saude publica devido a sua alta prevalencia de, em media, 40%. O presente trabalho teve como objetivo avaliar a prevencao da anemia e orientar os responsaveis por criancas de 6-59 meses cadastradas em unidades Estrategia Saude da Familia (ESF) do municipio de Governador Valadares, MG. Foram realizadas entrevistas estruturadas contendo questoes sobre o conhecimento com relacao a anemia, recebimento de orientacoes, participacao nas atividades de puericultura na ESF e suplementacao de ferro (SF). Foram consultados os prontuarios para obtencao de resultados de exames hematologicos e bioquimicos. Ao final, foram dadas orientacoes sobre a AF e medidas para prevencao e tratamento. Dos 209 responsaveis entrevistados, 42,6% relataram desconhecer os sintomas da anemia, sendo que 70,8% relataram que nunca receberam orientacao profissional sobre anemia. Alem disso, apenas 46,2% das criancas participavam ou haviam participado da puericultura na ESF. Dentre as 88 criancas de 6-59 meses que haviam realizado hemograma em um intervalo maximo de 3 meses antes ou depois da entrevista, a prevalencia da anemia (Hb<11g/dL) foi de 26,1%. Dentre as criancas anemicas, apenas 21,7% faziam uso do SF. Considerando as criancas de 6-24 meses (n=99) que realizaram o exame de sangue (n=44), 38,6% apresentavam anemia e apenas 24,2% estavam fazendo uso do SF. Dentre as criancas de 6-59 meses que estavam fazendo ou ja haviam feito uso do SF, 87,9% dos entrevistados relataram ter recebido orientacao profissional sobre posologia, porem 83% nao receberam orientacao em relacao aos efeitos colaterais. Ainda neste contexto, 22% das criancas apresentaram tais efeitos e 14,3% suspenderam a suplementacao devido a ocorrencia dos mesmos. Quanto aos exames bioquimicos, das 209 criancas, foram encontrados registros no prontuario de resultados de ferro serico e ferritina para apenas 48 e duas criancas, respectivamente. Considerando os dados de falta de informacao por parte dos responsaveis sobre a anemia e SF, em paralelo a baixa participacao nas atividades de puericultura e ainda o pequeno numero de criancas anemicas que faziam uso do SF, conclui-se que e necessario desenvolver estrategias que aumentem a participacao deste publico-alvo nas atividades da unidade de saude para possibilitar acoes educativas de prevencao e tratamento da anemia infantil.