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Hackeamos a universidade: disputas e afirmações sobre o (não) lugar das pessoas trans na universidade
Neste artigo, problematiza-se noções de “hackeamento” e pertencimento, e as disputas sobre a territorialização da universidade através de narrativas de quatro mulheres trans/travestis estudantes da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). Nas narrativas aqui apresentadas, acessar a universidade envolve um sentimento de que o espaço acadêmico não é feito para corpos trans e travestis, mas que nesse acesso encontra-se oportunidades de ressignificar as próprias histórias de vidas e disputar a universidade. As interlocutoras desse estudo destacam, por essa razão, como suas trajetórias acadêmicas são bandeiras e veículos de lutas fundamentais para essa população, deslocando os significados da política e da própria universidade. Dessa maneira, “hackear a universidade” é disputa-la por dentro, acessando seus espaços e dispositivos. É buscar minar as estruturas de subalternização e exclusão das pessoas trans e travestis nessas instituições, o que envolve demandas pelo reconhecimento de outros sujeitos e outras perspectivas políticas, culturais, teóricas, epistemológicas e metodológicas.