Mariluci Dos Santos Fortes, C. Oldra, Késia Zanuzo, Márcia Fernandes Nishiyama, Eloá Angélica Koehnlein
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Resultados: Foram observadas baixa frequência de sobrecarga de ferro associada à provável Hemocromatose Hereditária (11,11%) e elevadas frequências de sedentarismo (44,44%), etilismo (70,37%), sobrepeso/obesidade (81,48%), risco de doença cardiovascular (96,30%), Síndrome Metabólica (40,74%), Velocidade de Hemossedimentação alterada (48,15%) e alterações bioquímicas. Observou-se dieta fortemente inflamatória, excessiva em energia, lipídios e ácidos graxos saturados e poliinsaturados, e insuficiente em fibras, vitaminas e minerais antioxidantes e ferro biodisponível para absorção, sendo esse último inversamente correlacionado com a ferritina sérica (r=-0,540). Conclusão: Este estudo revelou baixa relação de hiperferritinemia associada à provável Hemocromatose Hereditária e elevada associação com alterações metabólicas. Destaca-se a importância da realização de estudos maiores que realizem a confirmação de Hemocromatose Hereditária por meio de teste genético e de Síndrome Dismetabólica de Sobrecarga de ferro por meio de biópsia hepática, bem como de estudos de intervenção, visando adequação dos hábitos alimentares e perfil metabólico destes pacientes.\nPalavras-chave: Ferritina. Sobrecarga de Ferro. Hemocromatose. Obesidade.","PeriodicalId":263780,"journal":{"name":"Revista da Associação Brasileira de Nutrição - RASBRAN","volume":"81 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2021-07-27","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":"{\"title\":\"Hiperferritinemia em homens adultos e idosos: condições clínica e nutricional além da hemocromatose hereditária\",\"authors\":\"Mariluci Dos Santos Fortes, C. 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Hiperferritinemia em homens adultos e idosos: condições clínica e nutricional além da hemocromatose hereditária
Objetivo: Analisar características clínicas, bioquímicas, antropométricas e nutricionais de pacientes com hiperferritinemia e identificar a relação com sobrecarga de ferro associada à Hemocromatose Hereditária ou a relação com outros fatores. Métodos: Este estudo incluiu 27 homens, adultos e idosos, com hiperferritinemia, atendidos em uma clínica-escola de nutrição. Analisou-se dados sociodemográficos, clínicos, bioquímicos, antropométricos e do consumo alimentar. Para avaliação de sobrecarga de ferro por Hemocromatose Hereditária utilizou-se valores de Saturação de Transferrina >45%; para Síndrome Metabólica, critérios da International Diabetes Federation e para o Fator Inflamatório Dietético, o software IF Ratings™ of Common Foods (v. 32). Resultados: Foram observadas baixa frequência de sobrecarga de ferro associada à provável Hemocromatose Hereditária (11,11%) e elevadas frequências de sedentarismo (44,44%), etilismo (70,37%), sobrepeso/obesidade (81,48%), risco de doença cardiovascular (96,30%), Síndrome Metabólica (40,74%), Velocidade de Hemossedimentação alterada (48,15%) e alterações bioquímicas. Observou-se dieta fortemente inflamatória, excessiva em energia, lipídios e ácidos graxos saturados e poliinsaturados, e insuficiente em fibras, vitaminas e minerais antioxidantes e ferro biodisponível para absorção, sendo esse último inversamente correlacionado com a ferritina sérica (r=-0,540). Conclusão: Este estudo revelou baixa relação de hiperferritinemia associada à provável Hemocromatose Hereditária e elevada associação com alterações metabólicas. Destaca-se a importância da realização de estudos maiores que realizem a confirmação de Hemocromatose Hereditária por meio de teste genético e de Síndrome Dismetabólica de Sobrecarga de ferro por meio de biópsia hepática, bem como de estudos de intervenção, visando adequação dos hábitos alimentares e perfil metabólico destes pacientes.
Palavras-chave: Ferritina. Sobrecarga de Ferro. Hemocromatose. Obesidade.