{"title":"晕厥:2023年临床医生需要知道的事情","authors":"Fátima Dumas Cintra","doi":"10.29381/0103-8559/20233302178-83","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"A síncope é um sintoma comum na prática clínica, correspondendo a aproximadamente 1 a 3% das admissões em sala de emergência e 6% das admissões hospitalares são secun-dárias a síncope. Prevalência estimada de 19% com discreta predileção pelo sexo feminino. Apesar de um curso benigno na maioria das vezes, a síncope exige atenção em grupos selecionados de pacientes. A taxa de mortalidade é variável e está diretamente relacionada à causa subjacente, sendo observados os piores desfechos em pacientes com mais de 60 anos e síncope secundária à doença cardíaca. Dessa forma, diante de um paciente com síncope, é fundamental a estratificação do risco com o objetivo de se afastar gravidade. Além disso, a síncope é associada a alta morbidade, uso excessivo de serviços de saúde e alto custo. Pode impactar negativamente múltiplos domínios da qualidade de vida, incluindo saúde física, mental e funcionalidade, o que potencialmente pode tornar a qualidade de vida de portadores de síncope recorrente tão comprometida quanto pacientes com doenças crônicas. A investigação diagnóstica visa estratificar o risco e definir o provável mecanismo subjacente. A história clínica detalhada, exame físico e eletrocardiograma de 12 derivações são mandatórios para todos os pacientes que se apresentam quadro de síncope com o objetivo de afastar causas cardíacas. Após essa avaliação inicial, o racional de investigação deve seguir a hipótese diagnóstica principal e as diretrizes preconizadas para cada suspeita clínica. O objetivo principal do tratamento é a diminuição da recorrência e a prevenção de eventos cardiovasculares nos pacientes onde foi documentada alguma causa potencialmente grave","PeriodicalId":190881,"journal":{"name":"Revista da Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo","volume":"33 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2023-06-30","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":"{\"title\":\"SÍNCOPE: O QUE O CLÍNICO PRECISA SABER EM 2023\",\"authors\":\"Fátima Dumas Cintra\",\"doi\":\"10.29381/0103-8559/20233302178-83\",\"DOIUrl\":null,\"url\":null,\"abstract\":\"A síncope é um sintoma comum na prática clínica, correspondendo a aproximadamente 1 a 3% das admissões em sala de emergência e 6% das admissões hospitalares são secun-dárias a síncope. Prevalência estimada de 19% com discreta predileção pelo sexo feminino. 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A síncope é um sintoma comum na prática clínica, correspondendo a aproximadamente 1 a 3% das admissões em sala de emergência e 6% das admissões hospitalares são secun-dárias a síncope. Prevalência estimada de 19% com discreta predileção pelo sexo feminino. Apesar de um curso benigno na maioria das vezes, a síncope exige atenção em grupos selecionados de pacientes. A taxa de mortalidade é variável e está diretamente relacionada à causa subjacente, sendo observados os piores desfechos em pacientes com mais de 60 anos e síncope secundária à doença cardíaca. Dessa forma, diante de um paciente com síncope, é fundamental a estratificação do risco com o objetivo de se afastar gravidade. Além disso, a síncope é associada a alta morbidade, uso excessivo de serviços de saúde e alto custo. Pode impactar negativamente múltiplos domínios da qualidade de vida, incluindo saúde física, mental e funcionalidade, o que potencialmente pode tornar a qualidade de vida de portadores de síncope recorrente tão comprometida quanto pacientes com doenças crônicas. A investigação diagnóstica visa estratificar o risco e definir o provável mecanismo subjacente. A história clínica detalhada, exame físico e eletrocardiograma de 12 derivações são mandatórios para todos os pacientes que se apresentam quadro de síncope com o objetivo de afastar causas cardíacas. Após essa avaliação inicial, o racional de investigação deve seguir a hipótese diagnóstica principal e as diretrizes preconizadas para cada suspeita clínica. O objetivo principal do tratamento é a diminuição da recorrência e a prevenção de eventos cardiovasculares nos pacientes onde foi documentada alguma causa potencialmente grave