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As trocas culturais entre a Ásia e o Ocidente são relacionais, tornando incongruentes os entendimentos dessas práticas simplesmente como imitativas de um centro dominante ou essencializações de uma cultura local. Vallier5 evidencia o caráter transnacional de tais práticas ao apontar essa dinâmica de uma anterior absorção dos valores do Leste Asiático e a posterior reincorporação dessas tradições em novas formas pelo Oriente na abstração. Ainda, anteriormente na Coreia, e cremos que de forma similar no Japão, as primeiras abstrações ocorreram a partir da reação aos trabalhos abstratos nas revistas de arte vindas do Japão ou da América, e não se constituindo como um processo endógeno, uma vez que o país não detinha contexto social ou cultural para tal fenômeno6. Também, é importante a compreensão de que a abstração traz a produção de estereótipos formais ou reimplementações de tipos formais que podem abrir espaço para uma leitura de afiliação nacional7. 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Gutai Bijutsu Kyokai e Dansaekhwa: a situação da pintura abstrata no Leste Asiático do Pós-Guerra
As obras do grupo Gutai Bijutsu Kyōkai3 (1954-1957) e as do Dansaekhwa4 – durante a década de 1970 – são frequentemente passíveis de serem inseridas em modelos estilísticos comparativos que as marginalizam dentro de uma história da arte ocidental dominante, configurando-se como processos limitantes de entendimento aplicados às práticas artísticas modernas orientais em relação a uma arte global e hegemônica ocidental. São articulações inéditas com o fluxo cada vez mais globalizado das informações a partir do Pós-Guerra que subscrevem práticas novas ao repertório contemporâneo a partir de processos endógenos e exógenos. As trocas culturais entre a Ásia e o Ocidente são relacionais, tornando incongruentes os entendimentos dessas práticas simplesmente como imitativas de um centro dominante ou essencializações de uma cultura local. Vallier5 evidencia o caráter transnacional de tais práticas ao apontar essa dinâmica de uma anterior absorção dos valores do Leste Asiático e a posterior reincorporação dessas tradições em novas formas pelo Oriente na abstração. Ainda, anteriormente na Coreia, e cremos que de forma similar no Japão, as primeiras abstrações ocorreram a partir da reação aos trabalhos abstratos nas revistas de arte vindas do Japão ou da América, e não se constituindo como um processo endógeno, uma vez que o país não detinha contexto social ou cultural para tal fenômeno6. Também, é importante a compreensão de que a abstração traz a produção de estereótipos formais ou reimplementações de tipos formais que podem abrir espaço para uma leitura de afiliação nacional7. Ápice da modernidade artística em certas narrativas como a de Greenberg8, a pintura abs-