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Em nossa percepcao, a proposicao da critica radical seria o questionamento da propria construcao do muro como um lugar que prende o sujeito no campo da realizacao da liberdade. Seria esse questionamento como proposicao de critica da critica enquanto condicao de proporcionar todo o movimento do pensamento que se apresenta nas interfaces entre a educacao e os processos formativos numa apropriacao critica do fazer, o trabalho como expressao de si e a saude do irreversivel processo de degeneracao de si, pois, se for somente para buscar a luz no final do tunel, a modernidade ja faz isso e apresenta todo seu excesso em diversas respostas competentes de manter “a gente feliz”. Temos a esperanca de que a impertinencia da critica da critica, no campo da interdisciplinaridade, torna possivel a heuristica do processo formativo para consolidacao de projeto de sociedade da educacao sem muros na transmissao do conhecimento. A partir dos estudos abordados, concluiu-se que existem outros muros difusos, que tambem impedem a passagem fisica e social do sujeito para diversos espacos na vida em sociedade. No caso especifico no campo do conhecimento, o muro que impede a passagem para o meio intelectual se apresenta em toda uma semiotica que nos conduz ao pensamento reificado do senso comum e, principalmente, a manutencao da hegemonia da apropriacao de determinada representacao de mundo, que se pauta numa hierarquia entres aqueles que mandam e os outros que obedecem. Palavras-chaves: Interdisciplinaridade. Formacao escolar. Competencia tecnica. 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A EDUCAÇÃO ENTRE MUROS E A TRANSMISSÃO DO SABER INTERDISCIPLINAR
O objetivo deste artigo e analisar o processo formativo em interface a perspectiva interdisciplinar no campo educacional. Para tanto, parte-se da analise do “paradigma do muro”, como um problema que se evidencia enquanto representacao emblematica do projeto da sociedade, pautada na interdicao ou na exclusao do outro. No campo da ciencia, existem outros muros que se erguem como barreiras que nos impedem de pensar o conhecimento para alem da ciencia disciplinar. Para analisar a educacao entre muros e a transmissao do saber interdisciplinar, a metodologia utilizada encontra-se no âmbito da filosofia da educacao, no sentido de compreender a apropriacao critica do conceito do muro como um projeto arquitetonico de interdicao ou exclusao do sujeito na vida em coletividade, ou na recusa do pensamento em interface com as diversas areas do conhecimento. Em nossa percepcao, a proposicao da critica radical seria o questionamento da propria construcao do muro como um lugar que prende o sujeito no campo da realizacao da liberdade. Seria esse questionamento como proposicao de critica da critica enquanto condicao de proporcionar todo o movimento do pensamento que se apresenta nas interfaces entre a educacao e os processos formativos numa apropriacao critica do fazer, o trabalho como expressao de si e a saude do irreversivel processo de degeneracao de si, pois, se for somente para buscar a luz no final do tunel, a modernidade ja faz isso e apresenta todo seu excesso em diversas respostas competentes de manter “a gente feliz”. Temos a esperanca de que a impertinencia da critica da critica, no campo da interdisciplinaridade, torna possivel a heuristica do processo formativo para consolidacao de projeto de sociedade da educacao sem muros na transmissao do conhecimento. A partir dos estudos abordados, concluiu-se que existem outros muros difusos, que tambem impedem a passagem fisica e social do sujeito para diversos espacos na vida em sociedade. No caso especifico no campo do conhecimento, o muro que impede a passagem para o meio intelectual se apresenta em toda uma semiotica que nos conduz ao pensamento reificado do senso comum e, principalmente, a manutencao da hegemonia da apropriacao de determinada representacao de mundo, que se pauta numa hierarquia entres aqueles que mandam e os outros que obedecem. Palavras-chaves: Interdisciplinaridade. Formacao escolar. Competencia tecnica. Ensino de ciencias.