E. Barbosa, Janaína Cassiano Silva, Altina Abadia da Silva
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Reafirmamos a partir de princípios do Materialismo histórico-dialético que as crianças durante a primeira infância iniciam a jornada de produção de sua existência por meio de relações condicionadas historicamente, sob o princípio da cooperação entre os homens e esta relação de dependência lhes fornece a consciência de que vivem em sociedade. Pelos construtos da Psicologia Histórico-Cultural, demonstramos a influência decisiva que os adultos/educadores têm sobre a gênese do ato voluntário nas crianças e como sua linguagem, e depois a das próprias crianças, desempenha um papel regulador das demais funções psicológicas, entre elas a atenção, a percepção e a memória. Alertamos para que a educação em todos os seus níveis reconheça que sua função de formar plenamente o ser humano singular ocorre sob condições históricas e socialmente determinadas. Isso nos permite concluir que as práticas educativas conscientemente comprometidas com a humanização das crianças são a via possível para a superação de mecanismos que historicamente aniquilam suas possibilidades de desenvolvimento humano-genérico.","PeriodicalId":285925,"journal":{"name":"Nuances: estudos sobre Educação","volume":"30 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2018-12-31","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":"{\"title\":\"O ENSINO EM CRECHE: NOTAS A PARTIR DE PRESSUPOSTOS DA PSICOLOGIA HISTÓRICO-CULTURAL\",\"authors\":\"E. 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O ENSINO EM CRECHE: NOTAS A PARTIR DE PRESSUPOSTOS DA PSICOLOGIA HISTÓRICO-CULTURAL
Neste ensaio discutimos alguns pressupostos teórico-práticos sobre a organização do ensino em creche de crianças com idade entre um e dois anos, indicando suas contribuições para a enriquecimento da atividade objetal manipulatória característica do desenvolvimento das crianças nessa idade. Visando atingir esse objetivo, refletimos sobre a permanência no atual cenário da educação infantil de traços característicos de funções assumidas pelas instituições educativas em outros momentos históricos e discutimos os elementos constituintes da formação da consciência articulado aos conceitos de linguagem e atividade manipulatória. Reafirmamos a partir de princípios do Materialismo histórico-dialético que as crianças durante a primeira infância iniciam a jornada de produção de sua existência por meio de relações condicionadas historicamente, sob o princípio da cooperação entre os homens e esta relação de dependência lhes fornece a consciência de que vivem em sociedade. Pelos construtos da Psicologia Histórico-Cultural, demonstramos a influência decisiva que os adultos/educadores têm sobre a gênese do ato voluntário nas crianças e como sua linguagem, e depois a das próprias crianças, desempenha um papel regulador das demais funções psicológicas, entre elas a atenção, a percepção e a memória. Alertamos para que a educação em todos os seus níveis reconheça que sua função de formar plenamente o ser humano singular ocorre sob condições históricas e socialmente determinadas. Isso nos permite concluir que as práticas educativas conscientemente comprometidas com a humanização das crianças são a via possível para a superação de mecanismos que historicamente aniquilam suas possibilidades de desenvolvimento humano-genérico.