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Os conflitos sociais não podem ser objeto de análise temporal em descompasso com seus fenômenos criadores. A historicidade, os elementos culturais e identitários da comunidade são parte integrante do estudo dos conflitos humanos. Toma-se aqui o processo de colonização do oeste catarinense – Chapecó, especialmente – e a retomada das terras tradicionais pelas comunidades indígenas na demarcação da TI Toldo Chimbangue. Não é pretensão deste ensaio a reconstrução de detalhes históricos dos objetos de análise, mas a fricção dada pelos encontros culturas e o embate pela posse da terra. A identificação dos litigantes torna cristalina a percepção de que são vítimas do processo colonizatório e desenvolvimentista projetado pelo Estado brasileiro nos fins do século XIX e nas décadas que sucederam e que as comunidades afetadas, econômica ou culturalmente, não foram levadas em conta nas leituras progressistas.