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No processo de construção da personagem do romance, importa verificar qual seu estatuto na definição da estrutura da narrativa. Dados os seus traços principais, personagens são articuladas como enigmas cujas revelações, antes de apaziguar o leitor, são geradoras de tensões, sem as quais a arte não sobreviveria. Neste artigo, o silêncio e o interdito são categorias a partir das quais o narrador dá a entrever o que resta de duas personagens femininas, dobradas por e sobre uma história familiar. A variação do ponto de vista, filtrado por um modelo de dominação patriarcal, faz do romance Sinfonia em branco, de Adriana Lisboa, uma narrativa onde o feminino é sinônimo de transgressão, ainda que dado sem maniqueísmos, e a tessitura poética da autora transfigura em delicadeza estética uma dor profunda e indizível.