为斯金纳方法辩护,反对马修·克雷默对托马斯·霍布斯思想中的“自由”概念的批评

Gustavo Ceneviva Zuccolotto
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Através dessas considerações, Kramer reavalia a noção da liberdade em Hobbes, tomando-a como o protótipo liberal da liberdade negativa por excelência, demonstrando assim os supostos equívocos contidos na interpretação de Skinner sobre ela. Buscamos defender aqui, contudo, que a proposta interpretativa de Kramer carece da devida fundamentação metodológica que correlaciona o neorrepublicanismo de Skinner no campo da filosofia política com certos princípios oriundos de sua historiografia que não são devidamente considerados pelo primeiro. 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摘要

在这里,我们将集中讨论马修·克雷默对昆汀·斯金纳在霍布斯的文章《论行为的不可避免性:昆汀·斯金纳、托马斯·霍布斯和否定自由的现代学说》(2001)中对霍布斯对“自由”概念的解释的批评。在这本书中,克雷默讨论了斯金纳对霍布斯思想的知识计划日益增长的兴趣,这一点在他的《自由主义之前的自由》(1998)一书中得到了证明。克雷默以斯金纳题为《托马斯·霍布斯论自由的适当意义》的文章作为他回答的中心参考,批评了他的立场,并与他自己关于“自由”和“非自由”的一些观点进行了对比。通过这些考虑,克雷默重新评价了霍布斯的自由概念,将其作为最优秀的消极自由的自由原型,从而证明了斯金纳对它的解释中所包含的假定的误解。然而,我们在这里试图辩护,克雷默的解释建议缺乏适当的方法论基础,将斯金纳在政治哲学领域的新共和主义与他的史学产生的某些原则联系起来,而这些原则并没有被前者适当地考虑。因此,他的批评将受到一种与霍布斯的思想和意图脱节的方法的影响,而霍布斯作为一个政治代理人插入了一个特定的语言和社会背景,这一框架后来被斯金纳在他的研究霍布斯和共和自由(2008)中巧妙地拯救。
本文章由计算机程序翻译,如有差异,请以英文原文为准。
Uma defesa do método skinneriano contra a crítica de Matthew Kramer sobre o conceito de “Liberdade” no pensamento de Thomas Hobbes
Nos deteremos aqui sobre a crítica de Matthew Kramer em relação à interpretação de Quentin Skinner sobre o conceito de “liberdade” em Hobbes contida em seu artigo “On the Unavoidability of Actions: Quentin Skinner, Thomas Hobbes, and the Modern Doctrine of Negative Liberty” (2001). Nele, Kramer trata do então crescente interesse do projeto intelectual de Skinner pelo pensamento hobbesiano, algo já evidenciado desde a publicação de seu livro Liberdade Antes do Liberalismo (1998). Kramer toma como referência central de sua resposta o artigo de Skinner intitulado “Thomas Hobbes on the Proper Signification of Liberty”, criticando a sua posição e contrastando com algumas de suas próprias ideias sobre “liberdade” e “não-liberdade”. Através dessas considerações, Kramer reavalia a noção da liberdade em Hobbes, tomando-a como o protótipo liberal da liberdade negativa por excelência, demonstrando assim os supostos equívocos contidos na interpretação de Skinner sobre ela. Buscamos defender aqui, contudo, que a proposta interpretativa de Kramer carece da devida fundamentação metodológica que correlaciona o neorrepublicanismo de Skinner no campo da filosofia política com certos princípios oriundos de sua historiografia que não são devidamente considerados pelo primeiro. A sua crítica estaria, assim, comprometida por uma abordagem desconectada do pensamento e das intenções de Hobbes enquanto um agente político inserido em um determinado contexto linguístico e social, quadro que seria posteriormente resgatado de maneira primorosa por Skinner em seu estudo Hobbes and Republican Liberty (2008).
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