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A (RE)INVENÇÃO DE SI ATRAVÉS DAS NARRATIVAS AUTOBIOGRÁFICAS
A presente pesquisa tem como objetivo mostrar de que forma as narrativas autobiográficas permitem uma reflexão acerca da formação e da prática docente. Do ponto de vista metodológico foi desenvolvida uma pesquisa de natureza qualitativa através do método autobiográfico em forma de pesquisa narrativa com base em entrevistas, e uma análise crítica dos dados à luz da crítica cultural. A fundamentação teórica baseou-se em autores da Crítica Cultural, e alguns que discutem a correlação entre autobiografia e educação, tais como: Josso (2008), Souza (2006), Foucault (2010), Nóvoa (2004), Tardif (2006), Agamben (2008), Derrida (1990), Deleuze (2004), Guattari (2004), entre outros. Através da pesquisa autobiográfica pode-se identificar a representação social da professora sobre a sua profissão assim como entender os sentidos que a docência assume para ela, em articulação com diferentes dimensões de sua vida. Dentro dessa articulação, pode-se constatar que essas narrativas contribuem para a valorização da identidade do professor, evidenciam a importância da subjetividade no seu processo formativo, contrapondo-se a um modelo cartesiano de formação, onde, muitas vezes, o ser professor é visto como um mero transmissor do conhecimento construído por outros; percebemos também que a escola ainda permanece como um lugar onde as diferenças não são respeitadas, onde as representações sociais de gênero, raça, são internalizadas desde muito cedo e legitimadas por ideologias racistas e patriarcais.