{"title":"在堂吉诃德和桑丘潘萨之间:“王子的镜子”(或“窥原理”)塞万提斯,一种可能的解释","authors":"Ligia Maria Bremer","doi":"10.21119/ANAMPS.42.425-451","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"A obra de Miguel de Cervantes, Dom Quixote de La Mancha, apresenta inúmeras possibilidades de interpretações, em especial entre o direito e a literatura, pois a temática do direito e da justiça é exposta de forma crítica por meio de seus episódios. Durante a Idade Média a pessoa do rei era quem guardava a ordem jurídica. Foi nesse período, a partir do século XII, que se fundamentou o princípio de ratio status que procedeu na submissão do poder à ordem ético-religiosa, pressupondo o respeito à lei, observando a ordem justa. O objetivo do trabalho é analisar os conselhos dados por Dom Quixote a Sancho Pança antes de ele ir governar a Ilha de Barataria. Para tanto, se fez um levantamento bibliográfico destacando algumas obras contemporâneas ao texto cervantino. Buscou-se, além da temática “espelhos dos príncipes,” a intertextualidade que possa haver com a novela cavalheiresca traçando um paralelo entre elas. Ao realizar o estudo constatou-se o quanto o direito está presente na obra de Cervantes. Os personagens Dom Quixote e Sancho Pança são representações de sujeitos de direito assemelhando-se ao instrutor e ao juiz daquele período.","PeriodicalId":336488,"journal":{"name":"ANAMORPHOSIS - Revista Internacional de Direito e Literatura","volume":"7 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2019-01-17","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":"{\"title\":\"Entre Dom Quixote e Sancho Pança: “espelho dos príncipes” (ou “speculum principis”) cervantino, uma interpretação possível\",\"authors\":\"Ligia Maria Bremer\",\"doi\":\"10.21119/ANAMPS.42.425-451\",\"DOIUrl\":null,\"url\":null,\"abstract\":\"A obra de Miguel de Cervantes, Dom Quixote de La Mancha, apresenta inúmeras possibilidades de interpretações, em especial entre o direito e a literatura, pois a temática do direito e da justiça é exposta de forma crítica por meio de seus episódios. Durante a Idade Média a pessoa do rei era quem guardava a ordem jurídica. Foi nesse período, a partir do século XII, que se fundamentou o princípio de ratio status que procedeu na submissão do poder à ordem ético-religiosa, pressupondo o respeito à lei, observando a ordem justa. O objetivo do trabalho é analisar os conselhos dados por Dom Quixote a Sancho Pança antes de ele ir governar a Ilha de Barataria. Para tanto, se fez um levantamento bibliográfico destacando algumas obras contemporâneas ao texto cervantino. Buscou-se, além da temática “espelhos dos príncipes,” a intertextualidade que possa haver com a novela cavalheiresca traçando um paralelo entre elas. Ao realizar o estudo constatou-se o quanto o direito está presente na obra de Cervantes. Os personagens Dom Quixote e Sancho Pança são representações de sujeitos de direito assemelhando-se ao instrutor e ao juiz daquele período.\",\"PeriodicalId\":336488,\"journal\":{\"name\":\"ANAMORPHOSIS - Revista Internacional de Direito e Literatura\",\"volume\":\"7 1\",\"pages\":\"0\"},\"PeriodicalIF\":0.0000,\"publicationDate\":\"2019-01-17\",\"publicationTypes\":\"Journal Article\",\"fieldsOfStudy\":null,\"isOpenAccess\":false,\"openAccessPdf\":\"\",\"citationCount\":\"0\",\"resultStr\":null,\"platform\":\"Semanticscholar\",\"paperid\":null,\"PeriodicalName\":\"ANAMORPHOSIS - Revista Internacional de Direito e Literatura\",\"FirstCategoryId\":\"1085\",\"ListUrlMain\":\"https://doi.org/10.21119/ANAMPS.42.425-451\",\"RegionNum\":0,\"RegionCategory\":null,\"ArticlePicture\":[],\"TitleCN\":null,\"AbstractTextCN\":null,\"PMCID\":null,\"EPubDate\":\"\",\"PubModel\":\"\",\"JCR\":\"\",\"JCRName\":\"\",\"Score\":null,\"Total\":0}","platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"ANAMORPHOSIS - Revista Internacional de Direito e Literatura","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.21119/ANAMPS.42.425-451","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
Entre Dom Quixote e Sancho Pança: “espelho dos príncipes” (ou “speculum principis”) cervantino, uma interpretação possível
A obra de Miguel de Cervantes, Dom Quixote de La Mancha, apresenta inúmeras possibilidades de interpretações, em especial entre o direito e a literatura, pois a temática do direito e da justiça é exposta de forma crítica por meio de seus episódios. Durante a Idade Média a pessoa do rei era quem guardava a ordem jurídica. Foi nesse período, a partir do século XII, que se fundamentou o princípio de ratio status que procedeu na submissão do poder à ordem ético-religiosa, pressupondo o respeito à lei, observando a ordem justa. O objetivo do trabalho é analisar os conselhos dados por Dom Quixote a Sancho Pança antes de ele ir governar a Ilha de Barataria. Para tanto, se fez um levantamento bibliográfico destacando algumas obras contemporâneas ao texto cervantino. Buscou-se, além da temática “espelhos dos príncipes,” a intertextualidade que possa haver com a novela cavalheiresca traçando um paralelo entre elas. Ao realizar o estudo constatou-se o quanto o direito está presente na obra de Cervantes. Os personagens Dom Quixote e Sancho Pança são representações de sujeitos de direito assemelhando-se ao instrutor e ao juiz daquele período.