L. Scherer, Vanessa Amaral Prestes, Carmem Ligia Iochins Grisci
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A análise resultou em três eixos: (a) percursos e percalços no refúgio; (b) trabalho imaterial como empreendimento étnico; e (c) ser empreendedor étnico como estratégia de viver a vida em refúgio. Evidencia-se que os modelos metafóricos de errante e de jogador auxiliam a ilustrar a produção de subjetividade se delineando em direção ao empreendedor étnico como uma estratégia de viver a vida de refugiado operacionalizada pelo trabalho imaterial. Tais conclusões trazem a perspectiva analítica da subjetividade aos empreendimentos étnicos ao mostrar que o empreendedor étnico em correspondência ao empreendedor de si no trabalho imaterial opera no sentido da produção/composição/afirmação da estratégia de viver a vida em refúgio. 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(Con)figurar o Empreendimento, (Con)formar a Vida: Estratégia de Viver a Vida em Refúgio como Empreendedor Étnico à Luz do Trabalho Imaterial
Resumo Este artigo tem como objetivo apresentar e analisar a estratégia de viver a vida de refugiados sírios, tomando o empreendimento étnico à luz da noção de trabalho imaterial. Realizou-se um estudo qualitativo e exploratório na cidade de Porto Alegre (Brasil), a partir de um corpus de pesquisa que teve como foco temático a etnicidade nos empreendimentos do ramo alimentício de refugiados sírios. Os dados foram acessados por meio de notícias de jornal, visitas aos empreendimentos, consumo de produtos, entrevistas narrativas e observação direta com registros fotográficos e em diários de campo. Participaram da pesquisa refugiados sírios interligados por laços familiares e de origem que compartilham dois empreendimentos — uma lancheria e uma confeitaria étnica. A análise resultou em três eixos: (a) percursos e percalços no refúgio; (b) trabalho imaterial como empreendimento étnico; e (c) ser empreendedor étnico como estratégia de viver a vida em refúgio. Evidencia-se que os modelos metafóricos de errante e de jogador auxiliam a ilustrar a produção de subjetividade se delineando em direção ao empreendedor étnico como uma estratégia de viver a vida de refugiado operacionalizada pelo trabalho imaterial. Tais conclusões trazem a perspectiva analítica da subjetividade aos empreendimentos étnicos ao mostrar que o empreendedor étnico em correspondência ao empreendedor de si no trabalho imaterial opera no sentido da produção/composição/afirmação da estratégia de viver a vida em refúgio. Assim, ao (con)figurar o empreendimento, (con)forma a vida.