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Desde sua morte em 1973, a obra de Leo Strauss se tornou um lugar de debates e querelas interpretativas que geraram uma controversa corrente de pensamento chamada de Straussianismo. Assim como todo legado que se torna “ismo”, a questão que se impõe é: o Straussianismo seria chancelado pelo professor Strauss? Meu objetivo nesse artigo é analisar as profundas divergências entre os assim chamados Straussianos e mostrar que, o que se entende por Straussianismo se trata mais de uma mística criada em torno da apropriação do pensamento de Strauss, do que de um conteúdo epistemologicamente consistente. Para tanto, esse estudo está dividido em três partes: na primeira, apresentarei alguns pontos específicos da biografia intelectual de Strauss e seu comportamento em relação à política de seu tempo. Na segunda parte, analisarei o contato de supostos Straussianos com a política norte-americana. Por fim, tentarei demonstrar algumas das principais divergências interpretativas entre os Straussianos, a fim de mostrar duas coisas nesse campo: (1) não faz sentido falar em Straussianismo enquanto um grupo coeso que compartilha das mesmas ideias e valores, sendo então mais coerente falar em “Straussianismos”; (2) para além das divergências entre os Straussianos, há uma querela ainda mais profunda e radical, entre as visões defendidas por eles e o ensinamento de Strauss.
Palavras-chaves:
Straussianismo; Leo Strauss; Legado; Interpretação; Apropriação