I. I. Pimentel, Laís Gabriela Silva, Ana Cecília Silvestre Montijo, Roberta Mari de Oliveira Pereira, Úrsula Râmisa Oliveira
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O cheiro da mulher negra: a [re]significação a partir de práticas pedagógicas insurgentes
Neste artigo buscamos [re]significar o cheiro da mulher negra. Inspirados a partir de Lélia Gonzalez, que “na boa”, fez a “voz do lixo ser ouvida”, ao longo da prática pedagógica desenvolvida em uma Escola Estadual na cidade de São João del-Rei - MG, buscou-se trabalhar com as alunas o real significado do cheiro do lixo, pois, desde o Brasil Colônia, de forma paradoxal, os corpos de mulheres negras vêm sendo desejados e ao mesmo tempo rejeitados, atendendo sempre os interesses da branquitude. Desse modo, a bússola que permanece norteando a colonialidade ainda hoje é a principal responsável pelas feridas que assolam diversas mulheres negras. Por isso, desenvolver um trabalho que contempla uma educação antirracista no sétimo ano do ensino fundamental, representa trazer o corpo da mulher negra não como a escrava, mas como a escravizada que cruzou o Atlântico e trouxe consigo o cheiro da inteligência, da solidariedade e da intelectualidade, elementos fundamentais para que alunas da educação básica [re]signifiquem a sua existência.