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O gênio maligno como imagem filosófica emblemática: uma crítica hegeliana ao materialismo dialético
Na filosofia moderna, o gênio maligno de Descartes representou não apenas a radicalização do ceticismo em relação à confiabilidade da razão, mas também a erosão do finalismo metafísico. Nos tempos atuais, quando o materialismo dialético almeja constituir-se como campo explicativo do ser na esfera ontológica, o tempo histórico é destituído de finalismo em termos metafísicos. Neste artigo será apresentada a hipótese de que isso significa restaurar o gênio maligno cartesiano, pois a história passa a ser concebida como sucessão aleatória de fatos contingentes entregues aos interesses imediatos dos homens. Essa perspectiva será contrastada com uma ótica hegeliana, em que o materialismo é interpretado como etapa do desenvolvimento da consciência de si.