{"title":"住宅、参考形而上学和建筑与城市主义的意识形态非殖民化","authors":"G. Bonfante, Diana Helene","doi":"10.9771/peri.v1i18.49918","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Considerando que a arquitetura é uma linguagem que desenha na cidade as ideologias de uma cultura, este artigo se inspira em disputas conceituais e filosóficas pela linguagem que têm sido frutíferas nas áreas de antropologia linguística, semiótica e linguística aplicada para questionar a metafísica referencial que jaz no conhecimento sobre arquitetura e urbanismo e que limita a possibilidade de uma criatividade arquitetônica múltipla, política e socialmente engajada. A partir da discussão de exemplos concretos de moradias não convencionais enseja-se a rejeição da normatização dos espaços privados e públicos, a fim de propor uma polissemia do significante casa. Ao discutir esses exemplos contra-hegemônicos, nos propomos a desconstruir a relação normativa da arquitetura com o corpo, o sujeito e a cidade. Entre as conclusões, é sugerido que a normatividade na arquitetura e no urbanismo não é inerente, mas um resultado de inculcação de desejos filosóficos de pureza, disciplinaridade, assertividade referencial e da família hétero-capitalista como modelo e tema orientador dos desejos e das relações sociais.","PeriodicalId":239476,"journal":{"name":"Revista Periódicus","volume":"32 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2023-01-16","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":"{\"title\":\"A casa, a metafísica referencial e a descolonização ideológica da arquitetura e do urbanismo\",\"authors\":\"G. Bonfante, Diana Helene\",\"doi\":\"10.9771/peri.v1i18.49918\",\"DOIUrl\":null,\"url\":null,\"abstract\":\"Considerando que a arquitetura é uma linguagem que desenha na cidade as ideologias de uma cultura, este artigo se inspira em disputas conceituais e filosóficas pela linguagem que têm sido frutíferas nas áreas de antropologia linguística, semiótica e linguística aplicada para questionar a metafísica referencial que jaz no conhecimento sobre arquitetura e urbanismo e que limita a possibilidade de uma criatividade arquitetônica múltipla, política e socialmente engajada. A partir da discussão de exemplos concretos de moradias não convencionais enseja-se a rejeição da normatização dos espaços privados e públicos, a fim de propor uma polissemia do significante casa. Ao discutir esses exemplos contra-hegemônicos, nos propomos a desconstruir a relação normativa da arquitetura com o corpo, o sujeito e a cidade. Entre as conclusões, é sugerido que a normatividade na arquitetura e no urbanismo não é inerente, mas um resultado de inculcação de desejos filosóficos de pureza, disciplinaridade, assertividade referencial e da família hétero-capitalista como modelo e tema orientador dos desejos e das relações sociais.\",\"PeriodicalId\":239476,\"journal\":{\"name\":\"Revista Periódicus\",\"volume\":\"32 1\",\"pages\":\"0\"},\"PeriodicalIF\":0.0000,\"publicationDate\":\"2023-01-16\",\"publicationTypes\":\"Journal Article\",\"fieldsOfStudy\":null,\"isOpenAccess\":false,\"openAccessPdf\":\"\",\"citationCount\":\"0\",\"resultStr\":null,\"platform\":\"Semanticscholar\",\"paperid\":null,\"PeriodicalName\":\"Revista Periódicus\",\"FirstCategoryId\":\"1085\",\"ListUrlMain\":\"https://doi.org/10.9771/peri.v1i18.49918\",\"RegionNum\":0,\"RegionCategory\":null,\"ArticlePicture\":[],\"TitleCN\":null,\"AbstractTextCN\":null,\"PMCID\":null,\"EPubDate\":\"\",\"PubModel\":\"\",\"JCR\":\"\",\"JCRName\":\"\",\"Score\":null,\"Total\":0}","platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Revista Periódicus","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.9771/peri.v1i18.49918","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
A casa, a metafísica referencial e a descolonização ideológica da arquitetura e do urbanismo
Considerando que a arquitetura é uma linguagem que desenha na cidade as ideologias de uma cultura, este artigo se inspira em disputas conceituais e filosóficas pela linguagem que têm sido frutíferas nas áreas de antropologia linguística, semiótica e linguística aplicada para questionar a metafísica referencial que jaz no conhecimento sobre arquitetura e urbanismo e que limita a possibilidade de uma criatividade arquitetônica múltipla, política e socialmente engajada. A partir da discussão de exemplos concretos de moradias não convencionais enseja-se a rejeição da normatização dos espaços privados e públicos, a fim de propor uma polissemia do significante casa. Ao discutir esses exemplos contra-hegemônicos, nos propomos a desconstruir a relação normativa da arquitetura com o corpo, o sujeito e a cidade. Entre as conclusões, é sugerido que a normatividade na arquitetura e no urbanismo não é inerente, mas um resultado de inculcação de desejos filosóficos de pureza, disciplinaridade, assertividade referencial e da família hétero-capitalista como modelo e tema orientador dos desejos e das relações sociais.