Edmar Henrique Dairell Davi, Carolina Queiroz de Santana
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Nosso objetivo é compreender os significados e os sentidos que mulheres bissexuais atribuem ao processo de construção de sua identidade sexual, as dificuldades encontradas e as estratégias para lidar com o preconceito nas suas trajetórias de vida. Considerando a singularidade da bissexualidade enquanto orientação sexual, observam-se na atualidade diversos estereótipos sobre a vivência destas pessoas, principalmente em relação à legitimidade e confiabilidade em termos afetivos e sexuais, como também, à legitimidade desta identidade sexual. Para conhecer as vivências destas pessoas e seu mundo-vida, elegemos o método fenomenológico e as reflexões de Maurice Merleau-Ponty para analisarmos os discursos de duas mulheres negras bissexuais residentes na Bahia. Os resultados apontaram quatro categorias: (1) Vivências afetivas na infância e adolescência: descobrindo e experimentando; (2) Aprendendo as diferenças; (3) Assumindo a bissexualidade e (4) Manejando relações para viver a bissexualidade. Embora gozem de maior visibilidade na atualidade, a representatividade e aceitação não se dá da mesma forma para todos (as) LGBT´s. Quanto às pessoas bissexuais, ainda incidem representações ambivalentes e percepções equivocadas, o que leva estas pessoas a adotaram uma agência criativa ao negociar intimidade e apoio social em suas vidas cotidianas e seu mundo-vida.