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A relação entre o grau de dinamismo ambiental dos setores e a incerteza do ambiente econômico brasileiro
Em 2010, o Brasil experimentou um crescimento acelerado da economia e, na sequência, uma forte desaceleração em 2012. Buscando impulsionar novamente o crescimento econômico, o governo brasileiro combinou desoneração tributária, depreciação da taxa nominal de câmbio e redução da taxa básica de juros. Porém, essa política não se sustentou por muito tempo e, em 2014, o Brasil entrou em grande recessão. Tais transformações acabem mudando o ambiente das empresas brasileiras, levando os gestores a traçarem novas estratégias, notadamente de inovação, para garantir vantagem competitiva. Nesse contexto, as empresas de cada setor reagem de maneira diferente, de acordo com o grau de dinamismo do ambiente em que operam. Buscou-se, portanto, nesta pesquisa, mensurar e analisar os graus de dinamismo ambiental, por meio de regressão simples, que caracterizam os setores da economia brasileira e identificar as possíveis razões de suas peculiaridades. Foram investigadas 148 empresas brasileiras de capital aberto distribuídas em 19 setores, entre os anos de 2013 a 2017. Os resultados evidenciaram os setores extração mineral, papel e celulose, e serviços de transporte e logística como os mais dinâmicos, enquanto os mais estáveis compreenderam os setores têxtil, comércio (atacado e varejo) e construção.