Daniel Higor da Silva Barros, Vitória Maria Xavier Silva, Lucas de Souza Gorjão, Ericka Bemfica Benavides
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Resultado: Doença de Wolfram é reconhecida como modelo de desordem no retículo endoplasmático (RE), conduzindo à produção de proteínas com dobramento inadequado, desregulação na homeostase do cálcio e consequente stress no RE das células beta, neurônios, células ganglionares da retina e oligodendrócitos, causando a disfunção e degeneração do tecido afetado. Sinais clínicos adicionais são: hipopituitarismo, neuropatia periférica, doenças psiquiátricas e problemas urinários. A expectativa de vida é de 35 anos, devido a progressão da doença, principalmente por disfunções neurológicas que ocasionam falência respiratória. Duas desordens genéticas principais causadoras da síndrome de Wolfram: a síndrome de Wolfram 1 (WFS1), forma clássica da síndrome é causada por uma mutação autossômica recessiva do gene WSF1, localizado no cromossomo 4p, responsável pela produção de uma proteína chamada wolframina. Poucos pacientes têm mutações no gene CIDS2 o qual é responsável pela síndrome de Wolfram 2 (WS2), autossômica e recessiva. Conclusão:A análise genética de mutações tem um papel fundamental, o que pode permitir o desenvolvimento de tratamento baseados no conhecimento da relação gene-proteína. 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Doença de Wolfram: características clínicas e genéticas
Introdução:Síndrome de Wolfram ou DIDMOAD, sigla referente os principais achados clínicos diabetes insipidus, diabetes mellitus, atrofia óptica e surdez. Para suspeitar que um paciente é acometido por essa doença são necessários dois achados clínicos: atrofia ótica e diabetes mellitus. Objetivo: Indicar as características clínicas e genéticas da Doença de Wolfram. Método:Realizou-se uma revisão bibliográfica, a partir das bases de dados PubMed e Scielo. Os descritores foram: doença de Wolfram, DIDMOAD. Utilizaram-se neste estudo trabalhos publicados entre os anos de 2016 e 2021. Resultado: Doença de Wolfram é reconhecida como modelo de desordem no retículo endoplasmático (RE), conduzindo à produção de proteínas com dobramento inadequado, desregulação na homeostase do cálcio e consequente stress no RE das células beta, neurônios, células ganglionares da retina e oligodendrócitos, causando a disfunção e degeneração do tecido afetado. Sinais clínicos adicionais são: hipopituitarismo, neuropatia periférica, doenças psiquiátricas e problemas urinários. A expectativa de vida é de 35 anos, devido a progressão da doença, principalmente por disfunções neurológicas que ocasionam falência respiratória. Duas desordens genéticas principais causadoras da síndrome de Wolfram: a síndrome de Wolfram 1 (WFS1), forma clássica da síndrome é causada por uma mutação autossômica recessiva do gene WSF1, localizado no cromossomo 4p, responsável pela produção de uma proteína chamada wolframina. Poucos pacientes têm mutações no gene CIDS2 o qual é responsável pela síndrome de Wolfram 2 (WS2), autossômica e recessiva. Conclusão:A análise genética de mutações tem um papel fundamental, o que pode permitir o desenvolvimento de tratamento baseados no conhecimento da relação gene-proteína. PALAVRAS-CHAVE: DIDMOAD, Wolfram, wsf1, wsf2, retículo endoplasmático