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Chamado do Pajé: regimes de memória, apagamentos e protagonismo indígena no baixo Tapajós
O texto aborda os processos de reelaboração étnica e cultural que começam a ocorrer na virada para o século XXI entre vários povos indígenas do baixo rio Tapajós, e como eles configuram uma contra narrativa à historiografia oficial, que sucessivamente foi promovendo um apagamento das alteridades étnicas na região. A produção dessa contra narrativa ao apagamento é pensada como um processo de construção de um novo regime de memória que vai recolocando os indígenas e seus protagonismos na história, e na historiografia do baixo Tapajós. Nesse novo regime de memória não se trata somente de um adendo para incluir os indígenas e seus protagonismos nas páginas da história da região, mas de maneira crítica compreender como os próprios indígenas têm procurado construir a memória na atualidade, reafirmar suas origens étnicas e reelaborar a sua história em sua relação ao mundo colonial que os encapsulou.