将卫生技术纳入单一卫生系统,并使其与卫生需求保持一致

Jéssica Nacazume, Jaqueline Vilela Bulgareli
{"title":"将卫生技术纳入单一卫生系统,并使其与卫生需求保持一致","authors":"Jéssica Nacazume, Jaqueline Vilela Bulgareli","doi":"10.14295/jmphc.v14.1236","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"A avaliação de tecnologias em saúde (ATS) é um conjunto de mecanismos técnicos que investiga as consequências clínicas, econômicas, éticas e sociais da disponibilização de novas tecnologias nos serviços de saúde. Como as decisões sobre a incorporação e uso de tecnologias nos sistemas de saúde não se sustentam apenas em pilares técnico-científicos, é feita uma análise sistemática e multidisciplinar para informar este processo decisório. A ATS foi institucionalizada no Brasil em 2000 com a criação do Departamento de Ciência e Tecnologia – DECIT do Ministério da Saúde – MS, sendo incluída em 2004 na Política Nacional de Ciência Tecnologia e Inovação em Saúde. Em 2006, foi criada a Comissão para Incorporação de Tecnologias do Ministério da Saúde – CITEC, o primeiro órgão responsável por tal processo e precursor da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde – CONITEC, criada em 2011. Atualmente a CONITEC conduz o processo de ATS a nível federal para avaliar a incorporação ou exclusão das tecnologias em saúde disponibilizadas pelo Sistema Único de Saúde – SUS. A atuação da CONITEC, porém, tem sido desafiada quanto à falta de clareza nos critérios de priorização para avaliar tecnologias em saúde, divergências entre os requerimentos técnicos considerados na prática e pela centralização de decisões a nível federal que desconsiderariam diferenças regionais demográficas e epidemiológicas. As demandas são recebidas por processos ativo ou reativo. No primeiro caso, o DECIT organizaria reuniões com áreas estratégicas do MS ou ativamente buscaria evidências para definir prioridades de avaliação, alinhadas às necessidades em saúde, metas sanitárias e ações programáticas das políticas de saúde. Assim, estabelecer priorizações promoveria maior sintonia entre a seleção de tecnologias para avaliação e as necessidades em saúde do sistema, já que também considerariam as dimensões epidemiológicas, demográficas, socioeconômicas e espaciais, além da capacidade de oferta dos serviços de saúde. Já no método reativo, a CONITEC receberia solicitações de incorporação ou exclusão de tecnologias por parte dos proponentes, que podem incluir indústrias farmacêuticas, sociedades médicas, organizações de pacientes e outros órgãos governamentais, devendo avaliar todas as demandas à medida que chegam, sem uma priorização estratégica. Devido à importância do tema, este trabalho buscou analisar os fatores que influenciam o processo decisório guiado pela ATS e discutir se as necessidades em saúde do SUS são consideradas no processo para avaliar a incorporação de tecnologias de saúde no sistema público brasileiro. A metodologia proposta é uma revisão integrativa da literatura em que foram definidos descritores e estratégias de busca para as bases de dados Biblioteca Virtual de Saúde – BVS, PubMeD e SciELO, buscando responder à pergunta de pesquisa “O que a literatura científica discute sobre a consideração das necessidades em saúde do SUS no processo de ATS?”. Para o desenvolvimento da sintaxe, identificou-se os polos população, fenômeno e contexto, respectivamente, “necessidades em saúde” “avaliação de tecnologias em saúde” e “Sistema Único de Saúde”. Para cada polo, foram definidos os descritores apropriados, conforme o DeCS (para BVS e SciELO) e o MeSH (para PubMed). Para que as buscas abrangessem tanto um quanto outros descritores relevantes, foram elaboradas sintaxes com os operadores booleanos “OR” e “AND”. Após buscas iniciais, constatou-se que o polo “população” restringia significativamente os resultados na BVS e SciELO. Assim, para estas bases, a sintaxe considerou apenas os polos “fenômeno” e “contexto”. Foram incluídos artigos científicos em português, inglês e espanhol publicados a partir do ano 2000. Não foram incluídos artigos de revisão, publicações não-científicas (cartas, editoriais, livros, comentários, vídeos, entrevistas, notícias, reportes técnicos, relatórios, testes e anais de congressos), estudos in vitro, pré-clínicos ou clínicos intervencionais, artigos não disponíveis para leitura e artigos que se referiam exclusivamente a outros contextos fora do SUS ou exclusivamente a outros fenômenos que não a ATS. As buscas foram realizadas em 27 de fevereiro de 2022, retornando um total de 9.020 resultados, sendo que, após a remoção das duplicatas, aplicação dos critérios de elegibilidade e leitura dos títulos e resumos, processos realizados com auxílio dos programas Zotero e Rayyan, selecionou-se 116 artigos para leitura completa, dos quais foram selecionados oito para a revisão integrativa. Foram identificadas quatro análises puramente documentais dos relatórios publicados pela CONITEC, dois estudos que integraram análise documental com entrevistas com gestores do SUS, e dois estudos qualitativos. Um dos estudos qualitativos foi conduzido em 2006–2008, antes do estabelecimento da CONITEC e, portanto, avaliou critérios que os tomadores de decisão consideravam desejáveis na ATS, pois, para a maioria dos entrevistados, o processo existente à época era incompleto e não satisfazia às necessidades do SUS. Os estudos que analisaram os relatórios publicados pela CONITEC abrangeram o período de 2010 a 2019 e avaliaram as recomendações de incorporação ou não sob diversos critérios constantes nos relatórios, como tipo de demandante e de tecnologia avaliada, cumprimento dos requisitos técnicos, evidência clínica e econômica, influência da consulta pública e indicação clínica. Nestes, avaliou-se como positiva a representatividade crescente de demandas internas dentre as solicitações avaliadas no período, pois demonstraria que instituições vinculadas ao MS seriam responsáveis por parte significativa das tecnologias incorporadas no SUS, demandando conforme suas necessidades. Já os estudos de análise documental integrada a entrevistas aprofundaram outros fatores de influência no processo, como aspectos políticos, interesses privados e participação social. Entrevistas com membros da CONITEC reconheceram o risco de criação de necessidades por interesses externos e ressaltaram a importância da tomada de decisões com base na racionalidade técnico-sanitária, de modo que a incorporação de tecnologias leve em conta o perfil epidemiológico da população, além de garantir sua eficácia, segurança e custo-efetividade. Os estudos também concluem que, apesar de existir um monitoramento tecnológico pelo MS, ainda não há um processo claro de prospecção e priorização na análise de tecnologias, o que dificulta que haja um processo de ATS mais ativo em analisar demandas de acordo com as necessidades do SUS.","PeriodicalId":299004,"journal":{"name":"JMPHC | Journal of Management & Primary Health Care | ISSN 2179-6750","volume":"87 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2022-09-20","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":"{\"title\":\"Incorporação das tecnologias em saúde e o alinhamento às necessidades de saúde no SUS\",\"authors\":\"Jéssica Nacazume, Jaqueline Vilela Bulgareli\",\"doi\":\"10.14295/jmphc.v14.1236\",\"DOIUrl\":null,\"url\":null,\"abstract\":\"A avaliação de tecnologias em saúde (ATS) é um conjunto de mecanismos técnicos que investiga as consequências clínicas, econômicas, éticas e sociais da disponibilização de novas tecnologias nos serviços de saúde. 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A atuação da CONITEC, porém, tem sido desafiada quanto à falta de clareza nos critérios de priorização para avaliar tecnologias em saúde, divergências entre os requerimentos técnicos considerados na prática e pela centralização de decisões a nível federal que desconsiderariam diferenças regionais demográficas e epidemiológicas. As demandas são recebidas por processos ativo ou reativo. No primeiro caso, o DECIT organizaria reuniões com áreas estratégicas do MS ou ativamente buscaria evidências para definir prioridades de avaliação, alinhadas às necessidades em saúde, metas sanitárias e ações programáticas das políticas de saúde. Assim, estabelecer priorizações promoveria maior sintonia entre a seleção de tecnologias para avaliação e as necessidades em saúde do sistema, já que também considerariam as dimensões epidemiológicas, demográficas, socioeconômicas e espaciais, além da capacidade de oferta dos serviços de saúde. Já no método reativo, a CONITEC receberia solicitações de incorporação ou exclusão de tecnologias por parte dos proponentes, que podem incluir indústrias farmacêuticas, sociedades médicas, organizações de pacientes e outros órgãos governamentais, devendo avaliar todas as demandas à medida que chegam, sem uma priorização estratégica. Devido à importância do tema, este trabalho buscou analisar os fatores que influenciam o processo decisório guiado pela ATS e discutir se as necessidades em saúde do SUS são consideradas no processo para avaliar a incorporação de tecnologias de saúde no sistema público brasileiro. A metodologia proposta é uma revisão integrativa da literatura em que foram definidos descritores e estratégias de busca para as bases de dados Biblioteca Virtual de Saúde – BVS, PubMeD e SciELO, buscando responder à pergunta de pesquisa “O que a literatura científica discute sobre a consideração das necessidades em saúde do SUS no processo de ATS?”. Para o desenvolvimento da sintaxe, identificou-se os polos população, fenômeno e contexto, respectivamente, “necessidades em saúde” “avaliação de tecnologias em saúde” e “Sistema Único de Saúde”. Para cada polo, foram definidos os descritores apropriados, conforme o DeCS (para BVS e SciELO) e o MeSH (para PubMed). Para que as buscas abrangessem tanto um quanto outros descritores relevantes, foram elaboradas sintaxes com os operadores booleanos “OR” e “AND”. Após buscas iniciais, constatou-se que o polo “população” restringia significativamente os resultados na BVS e SciELO. Assim, para estas bases, a sintaxe considerou apenas os polos “fenômeno” e “contexto”. Foram incluídos artigos científicos em português, inglês e espanhol publicados a partir do ano 2000. 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摘要

卫生技术评估(hta)是一套技术机制,调查在卫生服务中提供新技术的临床、经济、伦理和社会后果。由于关于在卫生系统中纳入和使用技术的决定不仅基于技术和科学支柱,因此进行了系统和多学科的分析,为这一决策过程提供信息。2000年,随着卫生部科学和技术部(DECIT)的成立,ATS在巴西制度化,并于2004年被纳入国家卫生科学技术和创新政策。2006年,卫生部技术合并委员会(CITEC)成立,这是负责这一过程的第一个机构,也是2011年成立的国家卫生系统技术合并委员会(CONITEC)的前身。目前,CONITEC在联邦一级进行ATS程序,以评估统一卫生系统(SUS)提供的卫生技术的纳入或排除情况。然而,CONITEC的工作受到了挑战,因为评估卫生技术的优先标准不明确,实践中考虑的技术要求之间的差异,以及联邦一级决策的集中化,这将忽视地区人口和流行病学差异。需求是通过主动或被动过程接收的。在第一种情况下,DECIT将组织与卫生部战略领域的会议,或积极寻找证据,以确定与卫生需求、卫生目标和卫生政策规划行动相一致的评估优先事项。因此,确定优先次序将促进评估技术的选择与系统的卫生需求之间的更大协调,因为它们还将考虑流行病学、人口统计学、社会经济和空间方面以及提供卫生服务的能力。在反应性方法中,CONITEC将收到来自提议者的加入或排除技术的请求,这些提议者可能包括制药公司、医疗协会、患者组织和其他政府机构,必须在所有需求到达时进行评估,而没有战略优先级。由于这一主题的重要性,本研究试图分析影响ATS指导的决策过程的因素,并讨论在评估巴西公共系统中纳入卫生技术的过程中是否考虑了单一卫生系统的卫生需求。的提议是一个集成的文献方法,定义了描述符和搜索策略数据库虚拟图书馆的健康—红色旅,PubMeD和SciELO研究,回答这个问题“什么讨论的文献中对医疗需求的猜测的过程中at ?”。为了发展句法,确定了人口、现象和背景,分别是“卫生需求”、“卫生技术评估”和“统一卫生系统”。对于每个极点,根据DeCS (vhl和SciELO)和MeSH (PubMed)定义了适当的描述符。为了使搜索涵盖一个和其他相关描述符,使用布尔运算符“OR”和“AND”编写了语法。经过初步搜索,发现极点“人群”显著限制了vhl和SciELO的结果。因此,对于这些基础,语法只考虑两极“现象”和“上下文”。包括2000年以来用葡萄牙语、英语和西班牙语发表的科学文章。不包括学术性的文章发表评论,(信件、社论、书籍、评论、视频、采访、新闻、技术报告、检测报告和年报的动漫)、体外研究、临床前或临床介入,不仅可用于阅读和相关的文章在其他场合下的可疑行为或专门hta以外的现象。搜索在2022年2月27日举行,共有9020条结果,删除后的合格标准,应用程序副本和阅读的标题和摘要,援助Zotero的节目进行过程和拉,选择了阅读116篇,其中被选8到综合评审。对CONITEC发表的报告进行了四项纯文献分析,两项将文献分析与SUS管理人员访谈结合起来的研究,以及两项定性研究。 其中一项定性研究是在2006 - 2008年CONITEC成立之前进行的,因此评估了决策者认为ATS可取的标准,因为对大多数受访者来说,当时的过程是不完整的,不满足SUS的需求。CONITEC发布的分析报告的研究涵盖了2010年至2019年和评估公司的建议或有不同标准的报告,作为申请人类型和技术评估,技术要求,临床证据和经济的影响,公众咨询和临床迹象。在这些情况下,在这一时期评估的请求中,内部需求的代表性越来越大,这被评估为积极的,因为这将表明与MS相关的机构将对纳入SUS的大量技术负责,根据他们的需求进行需求。与访谈相结合的文献分析研究深化了这一过程中的其他影响因素,如政治方面、私人利益和社会参与。采访CONITEC成员承认利益需求的外部的风险和强调的重要性作出决定的基础上卫生和技术理性的技术挑战是考虑人口的流行病学的资料,除了保证其有效性、安全性和成本-efetividade。研究还得出结论,尽管有MS的技术监测,但在技术分析中仍然没有一个明确的勘探和优先级过程,这阻碍了更积极的ATS过程根据SUS的需求分析需求。
本文章由计算机程序翻译,如有差异,请以英文原文为准。
Incorporação das tecnologias em saúde e o alinhamento às necessidades de saúde no SUS
A avaliação de tecnologias em saúde (ATS) é um conjunto de mecanismos técnicos que investiga as consequências clínicas, econômicas, éticas e sociais da disponibilização de novas tecnologias nos serviços de saúde. Como as decisões sobre a incorporação e uso de tecnologias nos sistemas de saúde não se sustentam apenas em pilares técnico-científicos, é feita uma análise sistemática e multidisciplinar para informar este processo decisório. A ATS foi institucionalizada no Brasil em 2000 com a criação do Departamento de Ciência e Tecnologia – DECIT do Ministério da Saúde – MS, sendo incluída em 2004 na Política Nacional de Ciência Tecnologia e Inovação em Saúde. Em 2006, foi criada a Comissão para Incorporação de Tecnologias do Ministério da Saúde – CITEC, o primeiro órgão responsável por tal processo e precursor da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde – CONITEC, criada em 2011. Atualmente a CONITEC conduz o processo de ATS a nível federal para avaliar a incorporação ou exclusão das tecnologias em saúde disponibilizadas pelo Sistema Único de Saúde – SUS. A atuação da CONITEC, porém, tem sido desafiada quanto à falta de clareza nos critérios de priorização para avaliar tecnologias em saúde, divergências entre os requerimentos técnicos considerados na prática e pela centralização de decisões a nível federal que desconsiderariam diferenças regionais demográficas e epidemiológicas. As demandas são recebidas por processos ativo ou reativo. No primeiro caso, o DECIT organizaria reuniões com áreas estratégicas do MS ou ativamente buscaria evidências para definir prioridades de avaliação, alinhadas às necessidades em saúde, metas sanitárias e ações programáticas das políticas de saúde. Assim, estabelecer priorizações promoveria maior sintonia entre a seleção de tecnologias para avaliação e as necessidades em saúde do sistema, já que também considerariam as dimensões epidemiológicas, demográficas, socioeconômicas e espaciais, além da capacidade de oferta dos serviços de saúde. Já no método reativo, a CONITEC receberia solicitações de incorporação ou exclusão de tecnologias por parte dos proponentes, que podem incluir indústrias farmacêuticas, sociedades médicas, organizações de pacientes e outros órgãos governamentais, devendo avaliar todas as demandas à medida que chegam, sem uma priorização estratégica. Devido à importância do tema, este trabalho buscou analisar os fatores que influenciam o processo decisório guiado pela ATS e discutir se as necessidades em saúde do SUS são consideradas no processo para avaliar a incorporação de tecnologias de saúde no sistema público brasileiro. A metodologia proposta é uma revisão integrativa da literatura em que foram definidos descritores e estratégias de busca para as bases de dados Biblioteca Virtual de Saúde – BVS, PubMeD e SciELO, buscando responder à pergunta de pesquisa “O que a literatura científica discute sobre a consideração das necessidades em saúde do SUS no processo de ATS?”. Para o desenvolvimento da sintaxe, identificou-se os polos população, fenômeno e contexto, respectivamente, “necessidades em saúde” “avaliação de tecnologias em saúde” e “Sistema Único de Saúde”. Para cada polo, foram definidos os descritores apropriados, conforme o DeCS (para BVS e SciELO) e o MeSH (para PubMed). Para que as buscas abrangessem tanto um quanto outros descritores relevantes, foram elaboradas sintaxes com os operadores booleanos “OR” e “AND”. Após buscas iniciais, constatou-se que o polo “população” restringia significativamente os resultados na BVS e SciELO. Assim, para estas bases, a sintaxe considerou apenas os polos “fenômeno” e “contexto”. Foram incluídos artigos científicos em português, inglês e espanhol publicados a partir do ano 2000. Não foram incluídos artigos de revisão, publicações não-científicas (cartas, editoriais, livros, comentários, vídeos, entrevistas, notícias, reportes técnicos, relatórios, testes e anais de congressos), estudos in vitro, pré-clínicos ou clínicos intervencionais, artigos não disponíveis para leitura e artigos que se referiam exclusivamente a outros contextos fora do SUS ou exclusivamente a outros fenômenos que não a ATS. As buscas foram realizadas em 27 de fevereiro de 2022, retornando um total de 9.020 resultados, sendo que, após a remoção das duplicatas, aplicação dos critérios de elegibilidade e leitura dos títulos e resumos, processos realizados com auxílio dos programas Zotero e Rayyan, selecionou-se 116 artigos para leitura completa, dos quais foram selecionados oito para a revisão integrativa. Foram identificadas quatro análises puramente documentais dos relatórios publicados pela CONITEC, dois estudos que integraram análise documental com entrevistas com gestores do SUS, e dois estudos qualitativos. Um dos estudos qualitativos foi conduzido em 2006–2008, antes do estabelecimento da CONITEC e, portanto, avaliou critérios que os tomadores de decisão consideravam desejáveis na ATS, pois, para a maioria dos entrevistados, o processo existente à época era incompleto e não satisfazia às necessidades do SUS. Os estudos que analisaram os relatórios publicados pela CONITEC abrangeram o período de 2010 a 2019 e avaliaram as recomendações de incorporação ou não sob diversos critérios constantes nos relatórios, como tipo de demandante e de tecnologia avaliada, cumprimento dos requisitos técnicos, evidência clínica e econômica, influência da consulta pública e indicação clínica. Nestes, avaliou-se como positiva a representatividade crescente de demandas internas dentre as solicitações avaliadas no período, pois demonstraria que instituições vinculadas ao MS seriam responsáveis por parte significativa das tecnologias incorporadas no SUS, demandando conforme suas necessidades. Já os estudos de análise documental integrada a entrevistas aprofundaram outros fatores de influência no processo, como aspectos políticos, interesses privados e participação social. Entrevistas com membros da CONITEC reconheceram o risco de criação de necessidades por interesses externos e ressaltaram a importância da tomada de decisões com base na racionalidade técnico-sanitária, de modo que a incorporação de tecnologias leve em conta o perfil epidemiológico da população, além de garantir sua eficácia, segurança e custo-efetividade. Os estudos também concluem que, apesar de existir um monitoramento tecnológico pelo MS, ainda não há um processo claro de prospecção e priorização na análise de tecnologias, o que dificulta que haja um processo de ATS mais ativo em analisar demandas de acordo com as necessidades do SUS.
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