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摘要
在位于特万特佩克地峡地区的墨西哥城市juchitan de Zaragoza,有一种传统上被称为“第三种体裁”的音乐。为了讨论在非西方社会中存在非二元性别空间的可能性,我们提出了一个问题:muxes能告诉我们从较少二元性别角度思考的可能性吗?为此,我们将列斐伏尔关于空间生产的概念及其三个概念维度作为理论和方法基础:空间实践空间的表现;以及表现空间。通过重建古老的地理空间,妇女地位和身份muxe建设的,结果发现宇宙由身体muxes由殖民空间减小,抵挡住指控贩卖和学术演讲,与媒体的空间,成为质疑部队想要藏起来。
Em Juchitán de Zaragoza, cidade mexicana da região do Istmo de Tehuantepec, há o que se convencionou chamar de ‘terceiro gênero’, as muxes. Com o objetivo de discutir a possibilidade de existência de um espaço de gênero não binário em sociedades não-ocidentais, colocou-se a questão: o que as muxes podem informar sobre a possibilidade de se pensar sob uma perspectiva de gênero menos binarista? Para isso, tomou-se como base teórico-metodológica a concepção de Henri Lefebvre sobre a produção do espaço e suas três dimensões conceituais: a prática espacial; as representações do espaço; e os espaços de representação. Por meio de uma reconstituição historiográfica do espaço geográfico, da condição das mulheres e da construção da identidade muxe, concluiu-se que o espaço produzido pelos corpos muxes é um espaço diferencial que resiste às imposições coloniais, negocia com os discursos das mídias, dialoga com os espaços acadêmicos e emerge como questionamento às forças que tentam ocultá-los.