{"title":"艺术-神经科学:对敌对建筑对sao保罗市中心用户体内平衡影响的诗意艺术调查","authors":"Clarice Delllape, Rachel Zuanon","doi":"10.24135/link2021.v2i1.132.g253","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Esta pesquisa fundamenta-se na produção teórica e poético-artística sobre o tema “Arquitetura Hostil”, que compreende elementos e práticas urbanas que restringem a permanência dos indivíduos no espaço público, como espigões de metal nas paredes ou pedregulhos sob viadutos. O motivo pelo qual esses elementos são colocados no espaço público está relacionado à segurança e servem para inibir comportamentos sociais indesejáveis, embora promovam o medo e, por consequência, deixem espaços abandonados na cidade que se tornam suscetíveis à violência. Afeta, principalmente, a população em situação de rua, mas também afeta parturientes, pessoas com baixa mobilidade, famílias com crianças, entre outras dinâmicas urbanas. Ao limitar o abrigo urbano, esses elementos e práticas urbanas hostis atuam como estímulos agressivos, que perturbam o equilíbrio do organismo humano e se intensificam com os agravos socioeconômicos desencadeados pela pandemia de COVID-19. O foco inicial deste estudo é a região central de São Paulo (a maior cidade do Brasil e a mais afetada pela pandemia, com o maior número de casos e óbitos) e é proposto um viés crítico de tais práticas, principalmente no que diz respeito aos seus impactos na homeostase biológica dos usuários desta região. Portanto, a pesquisa baseia-se na cooperação entre as áreas de Arquitetura e Neurociências Cognitivas e Comportamentais, especialmente no conceito de Ambientes e Produtos Homeodinâmicos. A metodologia de pesquisa compreende uma abordagem transdisciplinar e envolve quatro etapas principais de desenvolvimento: [a] revisão da literatura sob o tema Arquitetura Hostil; [b] articulação teórica entre o tema proposto e os conceitos das Neurociências Cognitivas e Comportamentais, especialmente na perspectiva do conceito de homeostase biológica; [c] pesquisa de campo que objetivou a observação, registro, análise e interpretação do comportamento dos usuários frente aos estímulos causados por elementos/práticas urbanas hostis, bem como a aplicação de entrevistas não estruturadas com o referido público, para averiguar como tais elementos afetam seus estados físicos e mentais durante o contexto pandêmico. O material resultante dessas análises é a base para a concepção e desenvolvimento das obras produzidas pelo artista-autor; e [d] concepção e desenvolvimento de uma proposta físico-digital poético-artística. A proposta poético-artística é produzida a partir de duas abordagens articuladas: a primeira é uma plataforma digital para mapeamento coletivo de elementos arquitetônicos hostis em território brasileiro, e também para discussão e divulgação científica sobre o tema Arquitetura Hostil, por meio de textos e postagens em redes sociais. Dessa forma, todo o material coletado é organizado em um mapa interativo com fotos e suas localizações. A plataforma amplia as perspectivas críticas e incentiva reflexões sobre a Arquitetura Hostil por meio de deriva e ação fotográfica. A segunda compreende a prática poética do autor-artista, elaborada na forma de desenhos, colagens, objetos tridimensionais e arte digital. 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Arte-Neurociência: investigações poético-artísticas sobre os impactos da Arquitetura Hostil na homeostase de usuários da região central da cidade de São Paulo
Esta pesquisa fundamenta-se na produção teórica e poético-artística sobre o tema “Arquitetura Hostil”, que compreende elementos e práticas urbanas que restringem a permanência dos indivíduos no espaço público, como espigões de metal nas paredes ou pedregulhos sob viadutos. O motivo pelo qual esses elementos são colocados no espaço público está relacionado à segurança e servem para inibir comportamentos sociais indesejáveis, embora promovam o medo e, por consequência, deixem espaços abandonados na cidade que se tornam suscetíveis à violência. Afeta, principalmente, a população em situação de rua, mas também afeta parturientes, pessoas com baixa mobilidade, famílias com crianças, entre outras dinâmicas urbanas. Ao limitar o abrigo urbano, esses elementos e práticas urbanas hostis atuam como estímulos agressivos, que perturbam o equilíbrio do organismo humano e se intensificam com os agravos socioeconômicos desencadeados pela pandemia de COVID-19. O foco inicial deste estudo é a região central de São Paulo (a maior cidade do Brasil e a mais afetada pela pandemia, com o maior número de casos e óbitos) e é proposto um viés crítico de tais práticas, principalmente no que diz respeito aos seus impactos na homeostase biológica dos usuários desta região. Portanto, a pesquisa baseia-se na cooperação entre as áreas de Arquitetura e Neurociências Cognitivas e Comportamentais, especialmente no conceito de Ambientes e Produtos Homeodinâmicos. A metodologia de pesquisa compreende uma abordagem transdisciplinar e envolve quatro etapas principais de desenvolvimento: [a] revisão da literatura sob o tema Arquitetura Hostil; [b] articulação teórica entre o tema proposto e os conceitos das Neurociências Cognitivas e Comportamentais, especialmente na perspectiva do conceito de homeostase biológica; [c] pesquisa de campo que objetivou a observação, registro, análise e interpretação do comportamento dos usuários frente aos estímulos causados por elementos/práticas urbanas hostis, bem como a aplicação de entrevistas não estruturadas com o referido público, para averiguar como tais elementos afetam seus estados físicos e mentais durante o contexto pandêmico. O material resultante dessas análises é a base para a concepção e desenvolvimento das obras produzidas pelo artista-autor; e [d] concepção e desenvolvimento de uma proposta físico-digital poético-artística. A proposta poético-artística é produzida a partir de duas abordagens articuladas: a primeira é uma plataforma digital para mapeamento coletivo de elementos arquitetônicos hostis em território brasileiro, e também para discussão e divulgação científica sobre o tema Arquitetura Hostil, por meio de textos e postagens em redes sociais. Dessa forma, todo o material coletado é organizado em um mapa interativo com fotos e suas localizações. A plataforma amplia as perspectivas críticas e incentiva reflexões sobre a Arquitetura Hostil por meio de deriva e ação fotográfica. A segunda compreende a prática poética do autor-artista, elaborada na forma de desenhos, colagens, objetos tridimensionais e arte digital. Baseia-se em sua imersão em cada etapa de desenvolvimento da pesquisa mencionada acima, que visa apresentar e discutir novas possibilidades de presença e vivência urbana em contextos pandêmicos e pós-pandêmicos.