JOVENS IMIGRANTES E O ESTIGMA SOCIAL

O objetivo deste estudo é identificar a produção científica sobre jovens imigrantes e o estigma social relacionado ao fenômeno da imigração, como uma questão social complexa que envolve aspectos relacionados aos direitos humanos, saúde, educação e cultura dessa população. Realizou-se uma revisão integrativa da literatura publicada entre janeiro de 2010 e abril de 2021, nas bases de dados SCIELO, BVS, PubMed e Periódicos CAPES, nos idiomas português, espanhol e inglês. Foram identificados 12 artigos que preencheram os critérios de inclusão, todos internacionais, publicados em inglês. Após leitura e análise, os artigos foram sistematizados em três categorias empíricas, que são complementares e convergem para duas visões principais de jovens imigrantes: saúde enquanto direito humano e estigma social. Percebe-se que jovens imigrantes são um grupo particularmente vulnerável a uma diversidade de fatores, e o estigma social é fator relevante na vida desses sujeitos. Para garantir a defesa da igualdade e cidadania desses jovens nos países de acolhimento e, também, compreender como o fenômeno migratório impacta globalmente as sociedades de recepção e de origem, a diversidade da mobilidade humana precisa ser compreendida com estudos interdisciplinares que possam ajudar nas condições e necessidades dos jovens imigrantes.