{"title":"非殖民化艺术教育:艺术教师培训的中介教学工作","authors":"Marcos Antônio Bessa-Oliveira","doi":"10.33947/1980-6469-V16N1-4133","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"A proposição de diálogos entre saberes, como argumenta Boaventura de Sousa Santos (2010), a partir de uma ecologia de saberes, por exemplo, é uma alternativa para a emergência de conhecimentos e saberes desconhecidos pela ciência para se constituir como saber superior. Baseado na lógica cartesiana, penso, logo existo, o saber científico moderno constituiu-se como hegemônico sem dialogar com saberes subjetivos porque aqueles supostamente não pensam. Logo, a padronização do conhecimento, igualmente de arte, de cultura e até mesmo de educar (produção de conhecimentos), única e exclusivamente através da ciência que domina a escrita como modos prioritário de produção de saber, acabou por desqualificar os conhecimentos que emergem de saberes subjetivos onde escrever, crer, ser, sentir e saber, igualmente o de fazer e produzir conhecimentos não desvinculam razão e emoção. Considerando este argumento, a fim de evidenciar que por meio da Arte é possível produzir conhecimentos pela própria arte, especialmente se levarmos em consideração que a Arte é também uma disciplina que atua no saber transdisciplinar (disciplinar (SANTOS, 2010)) das Universidades, que a Arte é tão saber quanto qualquer disciplina nas Escolas e Universidades, este artigo pretende discutir a Formação de Professores sensíveis aos conhecimentos subjetivos como única alternativa para reconhecimentos de saberes múltiplos para desenvolvimento de um Trabalho Docente mediador. Quer dizer: baseado numa argumentação da descolonização do ato de educar, rediscutindo a subjetivação (padronização) de arte, de cultura e produção de conhecimentos ainda na atualidade proponho argumentar acerca de uma prática mediadora na Formação de Professores para o desenvolvimento de um Trabalho Docente em Arte que horizontalize os saberes, os fazeres, o ser e o sentir arte, cultura e conhecimentos exteriorizados pela imposição colonial do século XVI e presente ainda hoje através da colonialidade do poder instaurada com o advento da globalização no século XX. Ao certo, para tanto, me serão úteis reflexões descoloniais fronteiriças contramodernas que emergem em contextos onde a Formação de Professor e o Trabalho Docente, igualmente a compreensão de arte, de cultura e de conhecimentos estão quase na totalidade baseados na cientificidade da História da Arte no Ensino de Arte para descolonizar as fronteiras impostas por sistemas da Arte.","PeriodicalId":244572,"journal":{"name":"Revista Educa��o - UNG-Ser","volume":"169 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2021-05-21","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"2","resultStr":"{\"title\":\"ARTE-EDUCAÇÃO DESCOLONIAL: FORMAÇÃO DE PROFESSOR DE ARTE PARA UM TRABALHO DOCENTE MEDIADOR\",\"authors\":\"Marcos Antônio Bessa-Oliveira\",\"doi\":\"10.33947/1980-6469-V16N1-4133\",\"DOIUrl\":null,\"url\":null,\"abstract\":\"A proposição de diálogos entre saberes, como argumenta Boaventura de Sousa Santos (2010), a partir de uma ecologia de saberes, por exemplo, é uma alternativa para a emergência de conhecimentos e saberes desconhecidos pela ciência para se constituir como saber superior. 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ARTE-EDUCAÇÃO DESCOLONIAL: FORMAÇÃO DE PROFESSOR DE ARTE PARA UM TRABALHO DOCENTE MEDIADOR
A proposição de diálogos entre saberes, como argumenta Boaventura de Sousa Santos (2010), a partir de uma ecologia de saberes, por exemplo, é uma alternativa para a emergência de conhecimentos e saberes desconhecidos pela ciência para se constituir como saber superior. Baseado na lógica cartesiana, penso, logo existo, o saber científico moderno constituiu-se como hegemônico sem dialogar com saberes subjetivos porque aqueles supostamente não pensam. Logo, a padronização do conhecimento, igualmente de arte, de cultura e até mesmo de educar (produção de conhecimentos), única e exclusivamente através da ciência que domina a escrita como modos prioritário de produção de saber, acabou por desqualificar os conhecimentos que emergem de saberes subjetivos onde escrever, crer, ser, sentir e saber, igualmente o de fazer e produzir conhecimentos não desvinculam razão e emoção. Considerando este argumento, a fim de evidenciar que por meio da Arte é possível produzir conhecimentos pela própria arte, especialmente se levarmos em consideração que a Arte é também uma disciplina que atua no saber transdisciplinar (disciplinar (SANTOS, 2010)) das Universidades, que a Arte é tão saber quanto qualquer disciplina nas Escolas e Universidades, este artigo pretende discutir a Formação de Professores sensíveis aos conhecimentos subjetivos como única alternativa para reconhecimentos de saberes múltiplos para desenvolvimento de um Trabalho Docente mediador. Quer dizer: baseado numa argumentação da descolonização do ato de educar, rediscutindo a subjetivação (padronização) de arte, de cultura e produção de conhecimentos ainda na atualidade proponho argumentar acerca de uma prática mediadora na Formação de Professores para o desenvolvimento de um Trabalho Docente em Arte que horizontalize os saberes, os fazeres, o ser e o sentir arte, cultura e conhecimentos exteriorizados pela imposição colonial do século XVI e presente ainda hoje através da colonialidade do poder instaurada com o advento da globalização no século XX. Ao certo, para tanto, me serão úteis reflexões descoloniais fronteiriças contramodernas que emergem em contextos onde a Formação de Professor e o Trabalho Docente, igualmente a compreensão de arte, de cultura e de conhecimentos estão quase na totalidade baseados na cientificidade da História da Arte no Ensino de Arte para descolonizar as fronteiras impostas por sistemas da Arte.