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CONTRATAÇÃO DE PROFESSORES: ENTRE A BUROCRACIA E A INDIFERENÇA
Este artigo tem por objetivo investigar as estratégias de contratação inicial e final de professores em uma rede pública municipal e estadual de educação do Estado do Espírito Santo. Por meio de um estudo de natureza exploratória, utiliza-se como instrumento para a coleta de dados, observações, entrevistas semi-estrtuturadas, narrativas das/dos professores, análise de editais e leis (âmbito federal, estadual e municipal) que versam sobre os critérios de escolha para contratação de professores para atuarem na educação infantil, no ensino fundamental e no ensino médio. Em uma época em que o trabalho docente vai se contorcendo por diversos vínculos trabalhistas, desencadeando uma performance do professor para a concorrência, competitividade e consolidação de uma atividade pedagógica muitas vezes precária e a curto prazo, os professores contratados aparecerem sujeitos a uma racionalidade de servidores públicos incorporados à racionalidade burocrática. Os resultados da pesquisa apontam que o vínculo temporário como estratégia governamental para a redução dos gastos públicos com a contratação de professores estatutários, além de constituir-se em um artifício para manter a lógica de flexibilização trabalhista e a precarização da contratação de professores, é mais uma questão evidenciada na complexa teia que vai se formando em torno da retórica da educação como um gasto e não um investimento público.