女人的战斗!

E. Bernabé
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O Esporte é então apresentado como um instrumento pedagógico em si, com caráter formador e educativo que contribui, para além do ensino da técnica e dos aspectos motores, como uma forma de educar o sujeito social na e pela atividade física (BENTO, GARCIA E GRAÇA 1999). Por sua vez, os/as instrutores/as esportivos/as são considerados/as como uma classe profissional de educadores dessa área. A partir da assertiva de Hirata (2002) de que as pesquisas não podem ser gender-blinded (blindadas ao gênero), mulheres instrutoras de jiu-jitsu foram escolhidas como sujeitos desta investigação. Objetivou-se compreender como se dá a divisão sexual do trabalho entre os/as instrutores/as de jiu-jitsu, um esporte marcadamente \"masculino\". Para tanto, foi adotada uma abordagem qualitativa utilizando-se de revisão da bibliografia e instrumentos de levantamento de dados empíricos garimpados em entrevistas em profundidade com instrutoras de jiu-jitsu, que atuam academias esportivas na Região Metropolitana de Belo Horizonte, Estado de Minas Gerais. As bases teórico-conceituais para a análise destes dados são fundamentadas nas teorias da Divisão sexual do trabalho e das Relações sociais de sexo/gênero, oriundas da Sociologia do trabalho francesa de base marxista (KÉRGOAT, 1994; HIRATA, 2002, entre outros). Por meio das metodologias relatadas busca-se responder a seguinte questão: Como se dá a divisão sexual do trabalho entre os/as instrutores/as de jiu-jitsu, um esporte marcadamente \"masculino\"? Os resultados deste estudo apontam que as assimetrias nas relações sociais de sexo/gênero, principalmente no esporte estudado, criam um ambiente hostil para as mulheres. Fatores como a associação da prática da modalidade com características como força, violência e masculinidade, a perspectiva que esportes de combate “masculiniza” a mulher, dentre outros fatores, contrapõem o estereótipo vigente de feminilidade, compondo um cenário em que a mulher é vista como fora de lugar.","PeriodicalId":264937,"journal":{"name":"Trabalho & Educação","volume":"31 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2023-01-24","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":"{\"title\":\"LUTA DE MULHERES!\",\"authors\":\"E. 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摘要

本研究在第二行提出:形成过程在教育技术本科教育项目的技术(PPGET)联邦教育技术中心的米纳斯吉拉斯。(CEFET竞技),其研究焦点问题工作教育和文化的社会经济和政治环境下,狂热的历史进程和文化之间的关系,企业的变化,职业教育多样化,正式和不正式的和世界的工作。Manacorda(2007)和Oliveira(2000)提出的技术教育的广泛概念被认为是politecnia的同义词。体育本身是一种教育工具,具有形成和教育的特点,除了技术和运动方面的教学,作为一种通过体育活动教育社会主体的方式(BENTO, GARCIA和graca 1999)。反过来,体育教练被认为是这一领域的专业教育者。从平田(2002)的断言,研究不能是性别盲的,女性柔术教练被选为本研究的对象。这项研究的目的是了解柔术教练之间的性别分工是如何发生的,柔术是一项明显的“男性”运动。为此,我们采用了一种定性的方法,使用文献综述和实证数据收集工具,这些数据来自于对在米纳斯吉拉斯州贝洛奥里藏特都市区体育学院工作的柔术教练的深度访谈。分析这些数据的理论和概念基础是基于性别分工和性别/性别社会关系的理论,这些理论来自法国马克思主义工作社会学(kergoat, 1994;平田,2002年等)。通过报告的方法,我们试图回答以下问题:柔术,一项明显的“男性”运动,教练之间的性别分工是如何发生的?本研究结果表明,性别/性别社会关系的不对称,特别是在体育研究中,为女性创造了一个充满敌意的环境。诸如体育实践与力量、暴力和男子气概等特征的联系,格斗运动“男子化”女性的观点,以及其他因素,反对当前对女性气质的刻板印象,构成了一种女性被视为不合适的场景。
本文章由计算机程序翻译,如有差异,请以英文原文为准。
LUTA DE MULHERES!
A presente pesquisa é proposta na Linha II: Processos Formativos em Educação Tecnológica do Programa de Pós-Graduação em Educação Tecnológica (PPGET) do Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais (CEFET-MG), cujos estudos focalizam temas relacionados ao trabalho-educação no contexto socioeconômico e político-cultural, destacando os processos históricos e culturais, as relações entre as mudanças societárias, a diversidade, a educação profissional formal e não formal e o mundo do trabalho. Considera-se aqui o conceito amplo de Educação Tecnológica, apresentado por Manacorda (2007) e Oliveira (2000) como sinônimo de politecnia. O Esporte é então apresentado como um instrumento pedagógico em si, com caráter formador e educativo que contribui, para além do ensino da técnica e dos aspectos motores, como uma forma de educar o sujeito social na e pela atividade física (BENTO, GARCIA E GRAÇA 1999). Por sua vez, os/as instrutores/as esportivos/as são considerados/as como uma classe profissional de educadores dessa área. A partir da assertiva de Hirata (2002) de que as pesquisas não podem ser gender-blinded (blindadas ao gênero), mulheres instrutoras de jiu-jitsu foram escolhidas como sujeitos desta investigação. Objetivou-se compreender como se dá a divisão sexual do trabalho entre os/as instrutores/as de jiu-jitsu, um esporte marcadamente "masculino". Para tanto, foi adotada uma abordagem qualitativa utilizando-se de revisão da bibliografia e instrumentos de levantamento de dados empíricos garimpados em entrevistas em profundidade com instrutoras de jiu-jitsu, que atuam academias esportivas na Região Metropolitana de Belo Horizonte, Estado de Minas Gerais. As bases teórico-conceituais para a análise destes dados são fundamentadas nas teorias da Divisão sexual do trabalho e das Relações sociais de sexo/gênero, oriundas da Sociologia do trabalho francesa de base marxista (KÉRGOAT, 1994; HIRATA, 2002, entre outros). Por meio das metodologias relatadas busca-se responder a seguinte questão: Como se dá a divisão sexual do trabalho entre os/as instrutores/as de jiu-jitsu, um esporte marcadamente "masculino"? Os resultados deste estudo apontam que as assimetrias nas relações sociais de sexo/gênero, principalmente no esporte estudado, criam um ambiente hostil para as mulheres. Fatores como a associação da prática da modalidade com características como força, violência e masculinidade, a perspectiva que esportes de combate “masculiniza” a mulher, dentre outros fatores, contrapõem o estereótipo vigente de feminilidade, compondo um cenário em que a mulher é vista como fora de lugar.
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