{"title":"照片和怪物","authors":"Lina Ferrari de Carvalho, João Manuel de Oliveira","doi":"10.9771/peri.v2i17.45613","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Este artigo tem como objetivo analisar as fotografias de Diane Arbus, especificamente os (des)enquadramentos dos corpos freaks/monstruosos. Para isso, inicialmente, problematizamos a ética na fotografia e sua utilização como um dispositivo disciplinar que reifica a norma, principalmente quando se trata do controle e da vigilância dos corpos. Posteriormente, analisamos a vida e algumas obras de Diane, além da relação que a fotógrafa estabelecia com as pessoas fotografadas. Foi possível identificar nas fotos desta artista uma “outra” estética que abre fissuras epistemológicas ao queer e crip e rompe com enquadramentos fotográficos históricos de captura dos corpos freaks/monstruosos a partir das lentes da espetacularização e/ou da tragédia. As fotografias de Arbus permitem que vejamos corpos não passíveis de serem aprisionados e retratam existências que rechaçam a norma; corpos monstruosos desejantes, vidas vivíveis.","PeriodicalId":239476,"journal":{"name":"Revista Periódicus","volume":"23 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2022-08-24","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":"{\"title\":\"Fotografias e Monstros\",\"authors\":\"Lina Ferrari de Carvalho, João Manuel de Oliveira\",\"doi\":\"10.9771/peri.v2i17.45613\",\"DOIUrl\":null,\"url\":null,\"abstract\":\"Este artigo tem como objetivo analisar as fotografias de Diane Arbus, especificamente os (des)enquadramentos dos corpos freaks/monstruosos. Para isso, inicialmente, problematizamos a ética na fotografia e sua utilização como um dispositivo disciplinar que reifica a norma, principalmente quando se trata do controle e da vigilância dos corpos. Posteriormente, analisamos a vida e algumas obras de Diane, além da relação que a fotógrafa estabelecia com as pessoas fotografadas. Foi possível identificar nas fotos desta artista uma “outra” estética que abre fissuras epistemológicas ao queer e crip e rompe com enquadramentos fotográficos históricos de captura dos corpos freaks/monstruosos a partir das lentes da espetacularização e/ou da tragédia. As fotografias de Arbus permitem que vejamos corpos não passíveis de serem aprisionados e retratam existências que rechaçam a norma; corpos monstruosos desejantes, vidas vivíveis.\",\"PeriodicalId\":239476,\"journal\":{\"name\":\"Revista Periódicus\",\"volume\":\"23 1\",\"pages\":\"0\"},\"PeriodicalIF\":0.0000,\"publicationDate\":\"2022-08-24\",\"publicationTypes\":\"Journal Article\",\"fieldsOfStudy\":null,\"isOpenAccess\":false,\"openAccessPdf\":\"\",\"citationCount\":\"0\",\"resultStr\":null,\"platform\":\"Semanticscholar\",\"paperid\":null,\"PeriodicalName\":\"Revista Periódicus\",\"FirstCategoryId\":\"1085\",\"ListUrlMain\":\"https://doi.org/10.9771/peri.v2i17.45613\",\"RegionNum\":0,\"RegionCategory\":null,\"ArticlePicture\":[],\"TitleCN\":null,\"AbstractTextCN\":null,\"PMCID\":null,\"EPubDate\":\"\",\"PubModel\":\"\",\"JCR\":\"\",\"JCRName\":\"\",\"Score\":null,\"Total\":0}","platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Revista Periódicus","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.9771/peri.v2i17.45613","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
Este artigo tem como objetivo analisar as fotografias de Diane Arbus, especificamente os (des)enquadramentos dos corpos freaks/monstruosos. Para isso, inicialmente, problematizamos a ética na fotografia e sua utilização como um dispositivo disciplinar que reifica a norma, principalmente quando se trata do controle e da vigilância dos corpos. Posteriormente, analisamos a vida e algumas obras de Diane, além da relação que a fotógrafa estabelecia com as pessoas fotografadas. Foi possível identificar nas fotos desta artista uma “outra” estética que abre fissuras epistemológicas ao queer e crip e rompe com enquadramentos fotográficos históricos de captura dos corpos freaks/monstruosos a partir das lentes da espetacularização e/ou da tragédia. As fotografias de Arbus permitem que vejamos corpos não passíveis de serem aprisionados e retratam existências que rechaçam a norma; corpos monstruosos desejantes, vidas vivíveis.