{"title":"课程研究、课程历史与课程理论:理性的理由","authors":"Thomas S. Popkewitz","doi":"10.24109/2176-6673.emaberto.33i107.4508","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Palavras como “aprendizagem”, “empoderamento”, “resolução de problemas”, “autorrealização”, “comunidade” etc. tornam-se inteligíveis e “razoáveis” conforme regras e padrões historicamente formados que ordenam, classificam e dividem o que é “visto” e realizado na escolarização. Essas regras e padrões de razão são efeitos de poder e do político da escolarização. A primeira sessão analisa essa noção do político e a razão, considerando o currículo como um duplo gesto. A frase “todas as crianças podem aprender” ilustra esse duplo gesto. A palavra “todas” assume a unidade do todo, que diferencia e divide o cosmopolitismo da criança (isto é, o aprendiz ao longo da vida) e da criança “deixada para trás”, que é diferente e pode “nunca estar na média”. Finalmente, examina-se como a noção de pesquisa, que busca o conhecimento “útil” ou “prático” para modificar a escola, inscreve esse duplo gesto e, irônica e paradoxalmente, assume um consenso que estabelece a hierarquia que separa o pesquisador daqueles que devem ser pastoreados. Explorar o sistema de razão nos estudos do currículo torna visíveis os limites do presente, e, mediante esse engajamento crítico, torna possíveis outros futuros.","PeriodicalId":273549,"journal":{"name":"Em Aberto","volume":"46 1 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2020-07-24","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"8","resultStr":"{\"title\":\"Estudos curriculares, história do currículo e teoria curricular: a razão da razão\",\"authors\":\"Thomas S. Popkewitz\",\"doi\":\"10.24109/2176-6673.emaberto.33i107.4508\",\"DOIUrl\":null,\"url\":null,\"abstract\":\"Palavras como “aprendizagem”, “empoderamento”, “resolução de problemas”, “autorrealização”, “comunidade” etc. tornam-se inteligíveis e “razoáveis” conforme regras e padrões historicamente formados que ordenam, classificam e dividem o que é “visto” e realizado na escolarização. Essas regras e padrões de razão são efeitos de poder e do político da escolarização. A primeira sessão analisa essa noção do político e a razão, considerando o currículo como um duplo gesto. A frase “todas as crianças podem aprender” ilustra esse duplo gesto. A palavra “todas” assume a unidade do todo, que diferencia e divide o cosmopolitismo da criança (isto é, o aprendiz ao longo da vida) e da criança “deixada para trás”, que é diferente e pode “nunca estar na média”. Finalmente, examina-se como a noção de pesquisa, que busca o conhecimento “útil” ou “prático” para modificar a escola, inscreve esse duplo gesto e, irônica e paradoxalmente, assume um consenso que estabelece a hierarquia que separa o pesquisador daqueles que devem ser pastoreados. Explorar o sistema de razão nos estudos do currículo torna visíveis os limites do presente, e, mediante esse engajamento crítico, torna possíveis outros futuros.\",\"PeriodicalId\":273549,\"journal\":{\"name\":\"Em Aberto\",\"volume\":\"46 1 1\",\"pages\":\"0\"},\"PeriodicalIF\":0.0000,\"publicationDate\":\"2020-07-24\",\"publicationTypes\":\"Journal Article\",\"fieldsOfStudy\":null,\"isOpenAccess\":false,\"openAccessPdf\":\"\",\"citationCount\":\"8\",\"resultStr\":null,\"platform\":\"Semanticscholar\",\"paperid\":null,\"PeriodicalName\":\"Em Aberto\",\"FirstCategoryId\":\"1085\",\"ListUrlMain\":\"https://doi.org/10.24109/2176-6673.emaberto.33i107.4508\",\"RegionNum\":0,\"RegionCategory\":null,\"ArticlePicture\":[],\"TitleCN\":null,\"AbstractTextCN\":null,\"PMCID\":null,\"EPubDate\":\"\",\"PubModel\":\"\",\"JCR\":\"\",\"JCRName\":\"\",\"Score\":null,\"Total\":0}","platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Em Aberto","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.24109/2176-6673.emaberto.33i107.4508","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
Estudos curriculares, história do currículo e teoria curricular: a razão da razão
Palavras como “aprendizagem”, “empoderamento”, “resolução de problemas”, “autorrealização”, “comunidade” etc. tornam-se inteligíveis e “razoáveis” conforme regras e padrões historicamente formados que ordenam, classificam e dividem o que é “visto” e realizado na escolarização. Essas regras e padrões de razão são efeitos de poder e do político da escolarização. A primeira sessão analisa essa noção do político e a razão, considerando o currículo como um duplo gesto. A frase “todas as crianças podem aprender” ilustra esse duplo gesto. A palavra “todas” assume a unidade do todo, que diferencia e divide o cosmopolitismo da criança (isto é, o aprendiz ao longo da vida) e da criança “deixada para trás”, que é diferente e pode “nunca estar na média”. Finalmente, examina-se como a noção de pesquisa, que busca o conhecimento “útil” ou “prático” para modificar a escola, inscreve esse duplo gesto e, irônica e paradoxalmente, assume um consenso que estabelece a hierarquia que separa o pesquisador daqueles que devem ser pastoreados. Explorar o sistema de razão nos estudos do currículo torna visíveis os limites do presente, e, mediante esse engajamento crítico, torna possíveis outros futuros.